Justiça adia decisão sobre recuperação da rede de lojas Colombo

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Empresa já havia fechado em junho acordo extrajudicial para renegociar dívida de cerca de R$ 1,5 bilhão

 



O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2.ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, adiou a decisão sobre a recuperação extrajudicial do grupo Colombo, dono da rede de lojas de roupas masculinas. A empresa havia fechado, em junho, acordo de recuperação extrajudicial para renegociar uma dívida de cerca de R$ 1,5 bilhão.  Segundo apurou o Estado, a reestruturação proposta pelo banco Brasil Plural tem hoje apoio de cerca de 80% dos credores. O juiz, no entanto, se debruçou sobre propostas feitas para dois grupos: os credores financeiros e os shopping centers que alugam seus espaços para a Colombo.



Conforme uma fonte de mercado, a Justiça quer que o acordo com essas duas classes esteja homologado para que a recuperação extrajudicial da varejista possa ser aprovada. Oliveira Filho concedeu, em sua sentença, um prazo de 30 dias para a solução dessas situações. Uma fonte disse que, da forma como a recuperação foi estruturada, tanto os shoppings que aceitarem renegociar atrasados quanto os bancos que se tornarem “parceiros” da companhia – dispondo-se a injetar recursos novos – terão prioridade no cronograma de pagamentos.



Entre os credores estão bancos como HSBC (com crédito de R$ 190,3 milhões), Santander (R$ 164,5 milhões) e Itaú Unibanco (R$ 150,0 milhões). Outros nomes importantes são a empresa de gestão, logística e financiamento Cotia (R$ 197 milhões) e o fundo Special Situations, do Brasil Plural (R$ 158,3 milhões). Entre as empresas de shopping center, a Colombo teria, segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, débitos de R$ 7,5 milhões com a BR Malls e de R$ 760 mil com a Iguatemi.



Depois de uma rápida expansão, a camisaria Colombo – empresa de moda masculina voltada para a classe C – se viu em apuros financeiros. Dentro da reestruturação capitaneada pelo Brasil Plural, 90 lojas já foram fechadas desde abril. Procurado, o banco não quis comentar.

 



Circe Bonatelli e Fernando Scheller

 



Fonte: O Estado de São Paulo

 

 

 

 


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