São Paulo - No primeiro semestre de 2017, o volume de vendas do varejo brasileiro deve cair 5% na variação em 12 meses. A projeção é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Já para o fechamento de 2016, a expectativa da entidade é de um recuo de 6,3% sobre 2015. As informações se referem ao varejo restrito - sem considerar automóveis e material de construção. "Os dados apontam que nos próximos meses as retrações vão se arrefecer em direção a uma recuperação, porém em ritmo bastante lento", comenta em nota o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti
Para que essa retomada aconteça, no entanto, Burti destaca a relevância da estabilidade política. "É importante que toda a classe política entenda que qualquer recuperação da economia passa pelas suas mãos e que é necessário que todos estejam sintonizados com os anseios da sociedade. É preciso que todo ocupante de qualquer cargo no Executivo, Legislativo e Judiciário entenda que a conta não pode ser exclusiva do cidadão". Ele explica que a atenuação das quedas das vendas se deve à melhora da confiança do brasileiro em relação ao futuro e à reposição dos estoques de artigos básicos de consumo. Outro fator que contribui para a melhora é a base fraca de comparação de 2016.
O chefe da entidade lembra que o ritmo da recuperação do varejo e da economia vai ser ditado pelas evoluções do emprego, da renda e da confiança do consumidor e, fundamentalmente, pelo crédito. "Se a queda continuar perdendo força com essa intensidade, poderemos ver, no segundo semestre de 2017, o início de uma estabilização e um lento crescimento". A queda anual prevista de 6,3% em 2016 é mais acentuada do que a de 2015 (-4,3%) o que "reflete a deterioração da situação dos consumidores e das empresas ao longo de 2016", avalia.
Da redação
Fonte: DCI - São Paulo