Os participantes da versão latino-americana do World Economic Forum (WEF) demonstraram preocupação com o recrudescimento do protecionismo comercial, explicitada no documento final do evento encerrado ontem, no Rio de Janeiro. Internamente, no entanto, persiste entre os representantes do setor privado no comitê organizador o temor de um maior cerco ao sistema financeiro internacional, como consequência da crise mundial.
A declaração final, preparada pelos mais de 600 participantes dos dois dias de debates, será apresentada aos chefes de Estado e de governo que estarão reunidos hoje e amanhã na Cúpula das Américas. O diretor para a América Latina do WEF, Emilio Lozoya, informou que o documento foi encaminhado ao secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Miguel Insulza, para que ele entregue em mãos aos presidentes presentes em Port of Spain, em Trinidad e Tobago.
Ausente do documento, no entanto, o tema regulação financeira veio à tona nas palavras do vice-presidente para América Latina e Caribe do Itaú-Unibanco, Ricardo Vilella Marino, no painel final do evento. Organizador do Fórum na categoria de Jovem Líder Global, o executivo afirmou que a redução dos riscos no sistema financeiro internacional precisa passar pela adoção de "um sistema de supervisão bancária inteligente", e não pela "regulação excessiva" dos mercados.
Veículo: Gazeta Mercantil