Vendas do varejo crescem 3,9% em julho e 5,3% em sete meses

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Estimulado pelo aumento da renda da população, o segundo semestre começa com alta no faturamento do varejo, que cresceu 3,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio). No acumulado do ano, a elevação nas vendas é de 5,3%.

 

De acordo com Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomércio, a principal responsável pelo crescimento este está sendo a expansão da massa de rendimentos da população e não apenas a oferta de crédito. "No ano passado, foi o crédito a principal variável, já a renda não cresceu tanto, esse ano inverteu, com o aumento do salário médio e menor índice de desemprego, a massa de rendimento da população cresceu mais, em junho teve alta de 10,7%", explica, ao DCI.

 

O economista, porém, ainda afirma que, como reflexo da alta do juros, o segundo semestre deve ter um crescimento entre 2% e 3%, um pouco menor do que o primeiro, que fechou com alta de 5% no faturamento.

 

Entre os setores varejistas analisados pelo estudo, o destaque ficou para as concessionárias de veículos, que registraram em julho, mais um recorde de crescimento: 29,4%, em relação ao mesmo período de 2007. No acumulado do ano a alta foi de 16,5%.

 

O setor tem conseguido manter uma alta taxa de crescimento mesmo em comparação ao ótimo desempenho do ano passado, quando, nos primeiros sete meses, teve aumento real de vendas significativo, de 19,3%. Carvalho explica que a área trabalha com os menores taxas de juros e alguma revendas estão realizando ofertas de juro zero, além de manter os grandes prazos de pagamento.

 

Outros segmentos que registram alta no mês de julho e ainda devem continuar com bom desempenho no segundo semestre, são o de vestuário, tecidos e calçados, com crescimento de 19,3% em julho, impulsionado pelas liquidações e queimas de estoque do período. Seguem o de móveis e decorações (13,2%) e o de material de construção (13,1%).

 

Os supermercados e as lojas de departamentos registraram queda, de 11,2% e de 12,9%, respectivamente.

 

 
Veículo: DCI


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