Preço dos alimentos segura inflação na região

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Contrariando as expectativas do Instituto de Pesquisas da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) na região encerrou o mês de agosto em 0,33%, a perspectiva era que ficasse entre 0,35% e 0,40%. A taxa de inflação ficou estável em comparação a junho, quando atingiu 0,34%.

 

O resultado se deve principalmente ao preço dos alimentos, que registraram queda de 0,61% no mês passado. Segundo Lúcio Flávio Dantas, assistente de coordenação do IPC - USCS, isso é resultado de uma leve desaceleração nas vendas de produtos. "A inflação sobre os alimentos estava penalizando principalmente população de renda mais baixa, que consome essencialmente produtos da cesta básica, como carne e feijão, o que resultou em uma dificuldade para se manter o consumo", explica.

 

Entre os itens que apresentaram maior queda nos preços estão os cereais (-3,12%), legumes (-16,17%), peixe fresco (-5,13%), verduras (-2,18%), óleo de soja (-3,32%), farinha de trigo (-1,97%) e os biscoitos doces (-5,83%). As frutas e tubérculos - como batata, beterraba e mandioca -, entretanto, ficaram mais caros 4,79% e 1,79%, respectivamente.

 

Apesar da redução dos preços, os alimentos estão longe de ficar mais baratos. Em comparação ao mesmo período do ano passado, eles estão 13,40% mais caros. Segundo dados da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), o quilo de carne bovina de primeira custa em média R$ 12. Há um ano, era vendido por cerca de R$ 10,40.

 

Na outra ponta, os gastos com habitação passaram a exercer forte pressão na inflação da região. Com elevação de 2,02%, Dantas conta que os custos de energia elétrica e tarifas telefônicas aumentaram por força contratual. Nessa categoria também são levados em conta gastos com aluguéis, produtos de limpeza, manutenção e empregada doméstica.

 

Veículo: Diário do Grande ABC


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