Inflação dos alimentos cai, mas não reflete no bolso do consumidor

Leia em 2min

A inflação no Grande ABC, assim como no País, registrou desaceleração em agosto, puxada principalmente pelo preço dos alimentos, que apresentaram deflação no último mês. Entretanto, mesmo com a queda do valor nas gôndolas dos supermercados em todo o País, o consumidor não conseguiu sentir alguma diferença no bolso.

 

Na região, onde o IPC-USCS (Índice de Preços ao Consumidor da Universidade Municipal de São Caetano do Sul) apresentou retração de 0,34% para 0,33% de julho para agosto, o grupo dos alimentos foi o responsável pela queda do indicador, com retração de 0,38% nesse segmento. Apesar de aparentemente ser pequena a queda, a alimentação responde por 33,81% da composição do índice de inflação.

 

Na opinião de Idalina da Silva Jurema, 55 anos, cabeleireira de Diadema, "comprar comida está muito caro. O quilo de acém (carne de segunda) está R$ 11. Isso é preço de carne de primeira", lamenta. Idalina conta que há cerca de dois meses o que ela comprava com R$ 180, arroz, feijão e material de limpeza, entre outros, hoje não sai por menos de R$ 220.

 

"Não dá para concentrar as compras em um só lugar. É preciso pesquisar muito. Em uma mesma feira, uma banca oferecia o quilo do tomate por R$ 2,60. Em outra, acabei comprando por R$ 1,30".

 

Para Valquíria Queiroz, 44 anos, esteticista de São Bernardo, o impacto da inflação é ainda maior: a compra de oito meses atrás comparada à de hoje sai por R$ 300 a mais. "Não dá para reduzir os gastos, porque se o preço do feijão diminui, o da carne aumenta. Então sempre gastamos a mais", justifica.

 

FIDELIDADE - Mitsui Yamamoto, 63 anos, secretária aposentada de São Bernardo, é cliente fiel de uma grande rede varejista. Apesar de se sentir lesada com os preços altos, ela sempre carrega consigo panfletos de ofertas e leva ao caixa para obter os descontos, já que a loja costuma cobrir a oferta anunciada por outros supermercados. "Também dou preferência para o que está na safra, como batata e tomate, porque o preço é melhor". Para ela, a cebola é um dos itens que estão com preço salgado, pois o quilo passou de R$ 2,35 para R$ 3,08.

 


Veículo: Diário do Grande ABC


Veja também

Cesta básica tem reajuste menor para baixa renda

Graças aos preços mais baratos dos alimentos, a deflação chegou às famílias de...

Veja mais
Preço dos alimentos segura inflação na região

Contrariando as expectativas do Instituto de Pesquisas da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), o ...

Veja mais
Crescimento de consumo impulsiona negócios da Cromex

Masterbatches. Só pela palavra, você certamente não deve estar ligando o nome ao produto. Mas, mesmo...

Veja mais
Brascan pisa no acelerador e investe R$ 2,3 bi

A Brascan investiu nos últimos quinze meses R$ 2,3 bilhões na compra de 12 shoppings centers. Saltou de ci...

Veja mais
Atacadistas: recuperação das vendas no 2º semestre

O setor, que concentra 5 mil empresas em Minas, atende a quase 1 milhão de clientes de 12 mil empresas  &nb...

Veja mais
Preço de importados não cai

Queda na cotação do dólar não altera valor de produto estrangeiro no comércio. O...

Veja mais
Vendas do varejo crescem 3,9% em julho e 5,3% em sete meses

Estimulado pelo aumento da renda da população, o segundo semestre começa com alta no faturamento do...

Veja mais
Mantega já vê sinais de desaceleração

Ministro diz que alguns setores mostram perda de ritmo   O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou ontem que...

Veja mais
Bens intermediários dão impulso à expansão

No mercado interno, recordes de produção e vendas   Fabricantes de aço, cimento, produtos q...

Veja mais