O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou ontem que o crescimento do PIB de 6,1% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2007 foi um bom resultado, mas a nota negativa relativa às contas nacionais no trimestre passado foi o crescimento da arrecadação de impostos sob produtos e serviços, que aumentou 8,5% na mesma base de comparação. "A expansão dos impostos acima do PIB mostra que estávamos certos no ano passado, quando defendemos o fim da CPMF, pois foi a maior reforma tributária que o País já teve, com uma redução de 1,5% do PIB [em tributos]. Os programas [do governo] não foram parados e não houve nenhuma catástrofe", avaliou.
O presidente da Fiesp fez os comentários ao final da reunião do novo Conselho Superior Estratégico da Fiesp, que deverá se reunir uma vez por bimestre para discutir temas relacionados ao crescimento do País, e conta com a participação de Roger Agnelli, da Vale; Gerdau Johannpeter, da Gerdau; Cledorvino Belini, da Fiat; Marcelo Odebrecht, da Odebrecht; e Frederico Curado, da Embraer, entre outros.
Skaf ressaltou o bom desempenho do PIB no segundo trimestre e afirmou que o País precisa continuar a crescer de 6% a 7% nas próximas duas décadas. "A solução dos problemas brasileiros está no crescimento, e nós precisamos enfrentar todos os gargalos [de infra-estrutura] e dificuldades para registrarmos um crescimento elevado."
Segundo ele, a sociedade precisa se acostumar à idéia de "o Brasil precisa crescer". "Crescimento não é uma coisa tão difícil de ocorrer. Os países emergentes estão crescendo 8% a 9% há 15 anos. Temos de nos acostumar com crescimento a altas taxas para os próximos 20 anos. Fora isso, é preciso que adotemos políticas adequadas."
Veículo: DCI