A indústria paulista tem mostrado sinais mais consistentes de recuperação, mas sua retomada deverá ser mais lenta do que o recuo registrado no auge da crise. A análise foi feita ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), logo após a divulgação do Indicador do Nível de Atividade (INA) de julho.
O indicador, que mede o desempenho da indústria de transformação paulista, subiu 4% em julho, em relação ao mês anterior, na série sem ajuste sazonal. Considerando o ajuste sazonal, a atividade da indústria aumentou 2% na comparação entre junho e julho. Nos sete primeiros meses do ano, o INA diminuiu 12,8%, ante o mesmo intervalo de 2008. No confronto com julho de 2008, o INA caiu 9,4%. Nos últimos 12 meses, caiu 7,9%.
O índice de julho sinalizou um "bom desempenho" das atividades industriais no Estado, na opinião do diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini. A reativação da indústria paulista também é evidenciada pelo nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) sem ajuste sazonal, que atingiu o patamar de 81,6% em julho, o mais alto desde novembro do ano passado, quando chegou a 81,96%.
Além disso, dos 17 setores acompanhados pela Fiesp, 70,6% apresentaram crescimento das atividades no período, mesmo percentual registrado em junho.
Veículo: Valor Econômico