BH: padarias ampliam mix para elevar faturamento

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Os preparativos para atender a demanda das festas de final de ano já estão a todo vapor nas principais padarias de Belo Horizonte. Com o objetivo de corresponder à expectativa de um consumidor cada vez mais exigente e, por sua vez, facilitar a vida desses clientes, as panificadoras disponibilizam um mix variado de produtos natalinos.

 

Panetones, chocolates, tábuas de frios, pães diferenciados e até ceias completas fazem parte do cardápio oferecido pelas padarias. Alguns estabelecimentos de Belo Horizonte consultados pela reportagem do DIÁRIO DO COMÉRCIO estimam expansão de até 30% nas vendas no último mês do ano na comparação com igual período de 2008.

 

O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de Minas Gerais (Sip/Amip), Luiz Carlos Caio Xavier Carneiro, acredita que neste Natal o setor registre crescimento nas vendas de, pelo menos, 15% no confronto com 2008. Conforme ele, o incremento será em virtude dos investimentos realizados ao longo do exercício.

 

"Como no Natal de 2008 o país estava no ápice da crise, os empresários do setor adiaram os investimentos e reduziram a oferta de itens. No entanto, neste exercício, o cenário é bem diferente", explicou.

 

Na avaliação do dirigente, o setor de panificação em Minas Gerais está em expansão. Em 2009, o Estado irá arrecadar cerca de R$ 4 bilhões, o que representará um aumento de 11% sobre igual exercício de 2008. Sobre empregos temporários neste último mês do ano, conforme ele, haverá incremento de 5% também na mesma base de comparação.

 

Para o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Antônio de Pádua Moreira, o conhecimento das técnicas e do setor de panificação faz com que as padarias da Capital criem um produto de qualidade e com um preço bem abaixo do que é oferecido pelo mercado.

 

Tendência - "Nos últimos anos, o consumidor tem migrado das marcas tradicionais e, por conseqüência, optado por produtos mais "caseiros". Para tanto, chegamos a vender panetone a R$ 5,50 e chocotone a R$ 8,80, enquanto os supermercados e drogarias vendem pelo dobro do preço", observou Moreira.

 

A padaria Vianney, localizada no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, projeta para este Natal expansão nas vendas de, no mínimo, 30% sobre igual período de 2008.

 

Ao todo, o estabelecimento oferece um cardápio com mais de 800 produtos natalinos. Segundo o proprietário, Pedro Santiago de Moraes, o ponto, que recentemente passou por reformas e foi ampliado, projeta um resultado bastante positivo para este exercício.

 

"Com a padaria reformada, queremos agregar valor principalmente nas cestas natalinas, com preços que variam de R$ 100 a R$ 2 mil e, posteriormente, incrementar o faturamento. Neste exercício, não há o clima de pessimismo como em 2008 em decorrência da crise. Certamente esse será o melhor Natal dos últimos anos", previu Moraes.

 

Otimismo - Na padaria Boníssima, sediada no bairro Gutierrez, região Oeste da Capital, a previsão é de uma expansão de, pelo menos, 15% nas vendas próprias de Natal sobre igual intervalo de 2008. De acordo com o gerente, Luiz Carlos Barbosa, o planejamento para o período natalino começou em outubro.

 

Para o gerente, o diferencial deste ano está na variedade de produtos e, por sua vez, nos modelos de cestas. Algumas com baú, outras com alça ou estojo. De qualquer forma, todas contêm produtos de mercearia, bomboniere e bebidas.

 

Conforme Barbosa, além da montagem desses produtos, a padaria Boníssima contratou novos funcionários e investiu, sem revelar valores, em treinamento para dar suporte a demanda do final do ano.

 

Já a padaria La Baguette, localizada no bairro Carmo Sion, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, apostando nos tradicionais panetones e em pães especiais, projeta elevar as vendas em, no mínimo, 25% em relação ao Natal de 2008.

 

De acordo com o proprietário, Yuri Dolabella, somente no movimento diário a estimativa é de que haja aumento de 10% no fluxo de pessoas na mesma base de comparação.

 

Para dar suporte à demanda do final do ano, o empresário investiu cerca de R$ 30 mil no estabalecimento o que engloba maquinário, ampliação da linha de produtos de confeitaria e, também, no treinamento e capacitação dos colaboradores. No total, o mix será composto por 900 itens. "As expectativas são as melhores para o Natal de 2009. Neste exercício não haverá empecilho algum que possa atrapalhar o segmento", apontou.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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