BNDES libera empréstimo de R$ 342 milhões para holding das lojas Riachuelo
O modelo de expansão projetado pelo grupo têxtil Guararapes, dono das lojas Riachuelo, garantiu o empréstimo de R$ 342 milhões liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), segundo o vice-presidente da empresa, Flávio Gurgel Rocha. A ideia da companhia é expandir o número de lojas e, consequentemente, a produção.
Rocha afirma que, para cadagrupo de 100 funcionários contratados pela Riachuelo, outros 200 postos se abrem nas fábricas da empresa, localizadas no nordeste brasileiro. Toda a produção é destinada às lojas de departamento. “Nossas fábricas estão em lugares carentes, de estados como o Ceará, e gerar emprego nesses locais contribui com o desenvolvimento social do país. É um impacto social positivo”, afirma Rocha, repetindo o discurso apresentado aos executivos do banco.
Ele ainda acrescenta que os investimentos que serão feitos pelo grupo podem gerar cerca de 8 mil novos empregos, porque já há contratos assinados para a abertura de mais de 30 lojas até 2011. Com faturamento previsto de R$ 3 bilhões para 2009, Rocha afirma que, comos novos investimentos, o objetivo é crescer até 30%.
Para pagar os R$ 342 milhões ao BNDES, o Grupo Guararapes terá carência de dois anos. De acordo com Rocha, o prazo para finalizar o pagamento é de oito anos. Antes de utilizar o dinheiro público, o grupo estima um crescimento de 10% em relação ao ano passado. Sobre a abertura de novas fábricas fora do nordeste, Rocha diz que a hipótese não é cogitada. O motivo, segundo ele, é a fácil contratação de mão de obra e os incentivos fiscais proporcionados pelos estados do Nordeste.
Expansão
Além das fábricas e das lojas, o Guararapes investiu há menos de três anos em um shopping center em Natal, no Rio Grande do Norte. Em pouco tempo, o empreendimento teve sua primeira expansão. Apesar de novos centros comerciais não constarem dos planos do grupo, Rocha afirma que o sucesso do shopping em Natal surpreendeu. Tanto que uma nova reforma, para expansão do prédio, deve começar em abril de 2010. Um centro gastronômico e um espaço cultural com capacidade para 3,5 mil pessoas devem ser incorporados ao espaço.
Veículo: Brasil Econômico