Chuvas podem reduzir produção de arroz em 1 milhão de toneladas

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SÃO PAULO - As perdas nas lavouras de arroz no Rio Grande do Sul podem chegar a 1 milhão de toneladas nesta safra - 12% a menos do que foi colhido no ano passado - por causa das fortes chuvas sobre a região. O estado é o maior produtor nacional de arroz, contribuindo com 63,1 % da produção brasileira. A estimativa inicial era colher 8 milhões de toneladas do grão nesta safra.

 

Segundo Maurício Miguel Fischer, presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), o consumo anual de arroz no Brasil é de 12,8 milhões de toneladas. Portanto, essa redução corresponde aproximadamente ao total consumido em um mês no País.

 

Cerca de 240 mil hectares da cultura estão submersos há vários dias devido às chuvas intensas sobre o estado. Nessa área, 110 mil hectares já haviam sido plantados e restam 130 mil para serem plantados, informou o Irga. De acordo com o presidente do Instituto, o estado conseguiu, após dialogar com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estender o prazo para o plantio que se encerraria na última quinta-feira, até o dia 20 de dezembro. Agora, de acordo com ele, tudo vai depender das condições climáticas. Nosso prejuízo nesta safra já chega a aproximadamente R$ 700 milhões, disse Fischer Agência Brasil.

 

No que depender da meteorologia, por enquanto não há condições para o replantio, o plantio ou uma avaliação mais detalhada da situação. A previsão para os próximos dias no Rio Grande do Sul, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é de pancadas de chuva, moderadas e fortes, acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento. Há possibilidade de queda de granizo em áreas isoladas.

 

O presidente do Irga disse que o último levantamento mostra que a área plantada até agora é de aproximadamente 80%. Em 2008, no mesmo período, já tinham sido plantados 98,3% da área ou o correspondente a 1,087 mil hectares.

 

Na avaliação de Miguel Fischer, não haverá problemas de abastecimento devido a essas perdas, o que poderá ocorrer é o aumento dos preços, entre 10% e 15%. "O Brasil importa arroz do Uruguai, da Argentina e do Paraguai, embora esses países também estejam com a produção comprometida devido ao clima. Aliás, isso vem acontecendo em todo o cenário mundial, por se tratar de uma cultura muito suscetível às catástrofes", acrescentou Fischer.

 

Ainda de acordo com o presidente do Irga, atualmente os maiores produtores mundiais importam arroz, como é o caso da Índia.

 

Veículo: DCI


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