Fabricantes de embalagens preveem crescimento de até 11%

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As empresas do setor de embalagens apostam em um crescimento de até 11% nas vendas no próximo ano, principalmente em função do desempenho dos segmentos de beleza e alimentos. A Associação Brasileira de Embalagem (Abre), no entanto, prevê um percentual mais modesto, em torno de 7%, porém sem sombras da crise. "Temos a expectativa de que, se o mercado mantiver a atual trajetória, possamos retomar, no começo do próximo ano, os padrões de produção semelhantes aos vistos no período pré-crise", afirmou a diretora executiva da Abre, Luciana Pellegrino.

 

A Vitopel, terceira maior produtora de filme flexível do mundo, prevê um crescimento de 11% nas vendas para 2010 e garante que o carro- chefe será o filme flexível voltado para embalagens de alimento. Este ano, a empresa produziu cerca de 150 mil toneladas de material e atendeu às demandas da Kraft Foods, responsável pela Lacta, da Nestlé, entre outros clientes. A empresa é dona de 49% do market share do setor no Brasil e de 47% na Argentina.

 

Seguindo a mesma direção, a Antilhas aposta em um incremento de 10% para o próximo ano, focando nas embalagens recicláveis para o segmento de beleza. Este ano, a empresa consumiu cerca de 20 mil toneladas de matéria-prima, entre plásticos e papel cartão. Atualmente, é responsável por atender à demanda de sacos plásticos e embalagens da Natura e da Avon. Segundo Mauricio M. Groke, diretor comercial da empresa, a produção para as festas de fim de ano estão sendo feitas a todo vapor e as embalagens para presente do Dias das Mães já começaram a ser produzidas. No entanto, ele não revela a quantidade. "A crise não atrapalhou o volume de produção. Porém, nossos fornecedores nos pressionaram para baixar os preços devido ao momento", comentou Groke.

 

Balanço

 

A Abre afirma que este ano foi melhor do que o previsto inicialmente. "A previsão era fechar o ano com um descrécimo de volume de 6%", disse Luciana. "Porém, no segundo semestre, o setor teve uma boa recuperação e fecharemos o ano com uma queda entre 4% e 5%", explicou A executiva complementou que, até setembro, o número era negativo se comparado ao mesmo período de 2008. A partir de outubro, houve uma recuperação de 1,8% na produção em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Em janeiro deste ano, 82% da capacidade produtiva total do setor estava sendo ocupada. Agora, em novembro, a utilização subiu para 88,2% - 0,7 ponto percentual abaixo do apurado antes do agravamento da situação econômica mundial. O objetivo para 2010 é alcançar o patamar de produção de setembro de 2008 que foi de 89,9%.

 


veículo: DCI


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