Lichia: safra é colhida com atraso

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Apesar de terem perdido período de festas de fim de ano, produtores comemoram boa qualidade dos frutos

 

As chuvas constantes causaram atraso no amadurecimento da lichia, fruta de origem chinesa que vem ganhando espaço nos pomares paulistas. O pico da safra, que deveria ter ocorrido no fim de dezembro, acontece só agora na região de Sorocaba, e vai se estender até o fim de janeiro. Os produtores que perderam a chance de conseguir bons preços no fim do ano comemoram pelo menos a alta produção. "As árvores estão carregadas com frutos de ótima qualidade", diz o produtor Álvaro Fávero, que tem 700 lichieiras em Salto de Pirapora.                                                                                                                          

 
O administrador Clodoaldo de Souza dirige o grupo de colhedores no pomar, ao mesmo tempo em que negocia a entrega da fruta pelo celular. "Tenho condições de preparar 300 caixas até a tarde", diz a um comprador. Os cachos maduros são apanhados um por um nas árvores com até cinco metros de altura e levados em caixas plásticas para um galpão. Ali, os funcionários selecionam e embalam a fruta em caixas de papelão.

 


Na fazenda, a fruta estava sendo vendida a R$ 2 o quilo. "Perdemos o Natal, quando chegou a R$ 3,50, mas pelo menos os compradores vão ficar satisfeitos com a qualidade", diz Souza. Ele conta que os dias chuvosos e nublados reduziram os períodos de sol necessários para a maturação. "Não usamos nenhum processo para acelerar a colheita."

 

A safra atrasou também em outros pomares da região. O produtor Eduardo Nogueira, de Pilar do Sul, começou a colher na véspera do Ano Novo e, semana passada, ainda tinha pés carregados. Normalmente ele usa apenas a mão de obra familiar na colheita do pomar com 200 plantas, mas este ano teve de contratar ajudantes. "A fruta amadureceu quase toda de uma vez", justifica. A lichia tem produção cíclica - produz bem num ano e quase nada no outro -, mas Nogueira garante que a renda ajuda a manter a propriedade.

 

Produtores de outras regiões, como Taubaté e Presidente Prudente, chegaram a registrar perdas de produção por granizo e chuvas com ventos fortes.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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