O setor têxtil está mais otimista com o mercado externo. Apesar de a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) afirmar que este ano o segmento deve acompanhar o crescimento de do Produto Interno Bruto (PIB) no mercado interno, aposta no crescimento médio de 10% para as exportações. "Para 2010, a expectativa é que o setor cresça até 4% e que movimente, em parceria com a indústria de confecção, cerca de US$ 50 bilhões. No mercado externo esperamos vender 10% a mais este ano", disse o diretor da Abit, Rafael Carvone Netto.
Porém empresas como a Tavex - que em 2006 se uniu com a brasileira Santista - e a Cedro Têxtil pretendem crescer acima da média do setor apostando mais no mercado interno e alcançar vendas 10% maiores no País.
A Tavex, por exemplo, está participando da primeira edição do salão Premiére Brasil que começou ontem com 25 lançamentos e tem o objetivo de lançar mais 40 novos tecidos até o final do ano. O CEO da companhia, Ricardo A. Weiss, explicou que este ano a Tavex investirá na expansão de tecnologias nas áreas de produção. A exemplo dos anos anteriores s utilizará meio por cento do faturamento para a pesquisa e desenvolvimento de produtos. " Temos o objetivo de nos manter alinhados com o que o mercado oferece de melhor", explicou o CEO.
Em 2009 produziu 115 milhões de tecidos. Porém a empresa preferiu não se pronunciar sobre o faturamento do ano anterior.
Quem segue a mesma linha é a Cedro que também vai apostar na alteração do maquinário brasileiro e traz para a feira 22 novos produtos e tem o objetivo de lançar mais 20 produtos até o final do ano. " Estamos muito otimistas com o mercado e com o retorno dos investimos que fizemos no produtos", disse o diretor comercial, Luiz Cesar Guimarães.
Seguindo a média do mercado, a Tecelagem Panamericana deve crescer entre 5% a 6% e em 2009 produziu 3 milhões de toneladas. "Estamos otimistas com os lançamentos que temos este ano e com a perspectiva do setor", afirmou diretor técnico da América Latina, Gilberto Campanatti. A companhia trouxe para o acontecimento 75 lançamentos e pretende lançar mais 24 produtos até o final do ano.
A Têxtil Canatiba também irá seguir a tendência do setor e tem o intuito de fortalecer ainda mais a marca em 2010 com o auxilio da feira. Para isso, a companhia trouxe 85 lançamentos para a feira." Queremos nos fortalecer junto com o setor", afirmou a gerente de marketing da empresa, Marli Vernelle Guth,
No mercado interno a previsão da companhia é de crescimento em produção física é de 8%. Já na área de têxtil 6,7%. O mercado em geral prevê um alavancamento de 8,5%.Já no varejo o objetivo é crescer cerca de 6,5%. .
Mercado
O faturamento anual em 2009 da indústria têxtil foi de U$ 47 bilhões. Para este ano a entidade do setor prevê um crescimento de 10% nas exportações. " O Brasil se destacou muito durante a crise e depois devido a rápida recuperação e a qualidade de produtos que possui", afirmou o diretor da Abit .
No ano passado o setor perdeu cerca de 30% na área de exportação. O país xportou para a Argentina U$ 300 milhões em 2009 contra U$ 500 milhões em 2008.
No ranking nacional de exportadores, o estado de São Paulo corresponde a 30%, seguido por Santa Catarina (15%), Rio Grande do Sul (10%), Paraná (9%) e Minas Gerais (8,9%).
O Brasil possui 30 mil empresas atuando no segmento. Nos últimos 10 anos a Abit tem investido U$1 bilhão de dólares no setor. .
Premiére Brasil
O evento custou R$ 3 milhões. Esta é a primeira edição do salão com a participação de 67 empresas. O objetivo é que a segunda edição aconteça em setembro deste ano.
Veículo: DCI