A rede atacadista Makro, controlada pelo grupo holandês SHV Holding N.V, pretende investir este ano R$ 200 milhões no país. Os recursos seriam aplicados na abertura de seis unidades, modernização de lojas e expansão de espaços especiais destinados a vinhos, segundo o vice-presidente da empresa no Brasil, Martijn Winkel.
Duas das novas lojas podem ser abertas em Minas. "Ainda não definimos os locais. Em Minas, a empresa tem interesse em Governador Valadares (Vale do Rio Doce). Acredito que também haja espaço para uma unidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) ou mesmo na Capital. Mas não posso afirmar que estes aportes serão feitos em 2010. Estamos analisando", disse Winkel.
De acordo com o executivo, o mercado mineiro é importante para a rede, já que responde por cerca de 7% do faturamento do grupo, que está presente em 24 estados brasileiros e no Distrito Federal. "Os últimos investimentos no Estado confirmam isto", ressaltou. Em 2009, a companhia inaugurou uma loja em Uberaba (Triângulo Mineiro). E no ano anterior havia aberto uma em Montes Claros (Norte de Minas). Além dessas duas, o Makro tem unidades em Contagem e Belo Horizonte (RMBH), Juiz de Fora (Zona da Mata) e Uberlândia (Triângulo).
De acordo com Winkel, em cada empreendimento são gastos cerca de R$ 21 milhões. No total, os aportes no país em 2009, entre abertura de oito filiais, reformas de 21 lojas e investimentos nos espaços para vinho, somaram aproximadamente R$ 240 milhões.
Atualmente, o grupo conta com 73 lojas, além de 28 postos de gasolina, 68 restaurantes e quatro lojas-adega. O estado que mais concentra unidades da rede é São Paulo (25). "Temos 12 lojas na região Nordeste do país. Só não estamos presentes nos estados de Roraima e Amapá", disse.
Segundo o vice-presidente, vários fatores são levados em consideração na escolha das cidades, como potencial econômico e área de influência. Montes Claros, por exemplo, foi escolhida por ter condições de atender 1,1 milhão de consumidores em um raio de 200 quilômetros.
Além de atender o município, a loja do Norte do Estado recebe clientes de Bocaiúva, Capitão Enéas, Claro dos Poções, Coração de Jesus, Francisco Sá, Juramento, Glaucilândia, Mirabela, Patis, Janaúba, Januária, São João da Lagoa e São João da Ponte.
Winkel afirmou que uma das seis lojas que serão abertas neste ano é a de Santos, no litoral de São Paulo, com previsão de inauguração em fevereiro. As demais ainda estão em fase de análise. "Os locais ainda não foram definidos. Estamos procurando boas oportunidades", explicou.
Ele afirmou que mesmo com a crise financeira internacional, que interferiu nos negócios de várias empresas, a rede registrou em 2009 incremento nas vendas no país frente ao ano anterior. Porém, o vice-presidente não revelou o percentual, nem o montante. Para este ano, segundo o executivo, o clima é de otimismo e a previsão é que o resultado seja superior ao do exercício passado. "Além dos aspectos macroeconômicos positivos, pretendemos nos aproximar cada vez mais dos nossos clientes e explorar ainda mais nossos outros canais de vendas, como o delivery, o televendas e as Contas Nacionais, voltadas para grandes corporações", ressaltou.
Conforme o vice-presidente, o desaquecimento da economia, que vigorou, em especial, no primeiro semestre de 2009, não provocou demissões na companhia. "Pelo contrário, fechamos o ano com 7,6 mil funcionários. Com as novas lojas, aumentamos o número de empregados", disse. De acordo com ele, cada unidade emprega diretamente em torno de 100 pessoas. "Considerando os postos indiretos, este número dobra", salientou.
Winkel afirmou que na base de dados constam pouco mais de 2 milhões de clientes espalhados pelos 24 estados do país, além do Distrito Federal, sendo cerca de 1,7 milhão de ativos no ano passado. A companhia atende diversos segmentos, como restaurantes, bares e hotéis, entre outros.
O grupo, que está presente no Brasil desde 1972 e faturou quase R$ 5 bilhões em 2008. Naquele ano, a companhia ampliou a oferta de crédito para os clientes, através do lançamento do cartão Makro em parceria com o banco Ibi.
Veículo: Diário do Comércio - MG