Radar mais amplo para novas aquisições

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Depois de adquirir o Ponto Frio e a Casas Bahia, o que mais o Grupo Pão de Açúcar pode comprar? A resposta é ampla. Redes de farmácias, postos de gasolina e até mesmo cadeias de vestuário podem entrar no radar da companhia. Em princípio, e a grosso modo, tudo que é vendido em um hipermercado interessa à maior varejista do país.

 

"Nos consideramos uma varejista no sentido mais amplo, não só de alimentos", afirma Enéas Pestana, que assumiu recentemente o cargo de vice-presidente executivo de operações - em inglês, chief operating officer (COO). Pestana deve ser conduzido à presidência do Pão de Açúcar no futuro.

 

Para definir o que serve e o que não serve para a varejista, Pestana usa o termo "aderência estratégica". Isso quer dizer que, para que o Pão de Açúcar se interesse por um novo negócio, é preciso que haja alguma complementariedade e ganhos de sinergia. "Se a operação dá retorno e há algum fator que irá alavancar o mercado, ela pode nos interessar", diz Pestana. No caso da aquisição da Casas Bahia e do Ponto Frio, o que pautou o apetite do grupo foi a recuperação do mercado imobiliário. "Se você compra uma casa, vai querer comprar uma geladeira, um sofá", diz Pestana.

 

Chegaram a circular rumores, antes do anúncio da aquisição da Casas Bahia, de que o Pão de Açúcar estava conversando com uma grande rede varejista de material de construção, mas os boatos não são confirmados.

 

Um negócio mais provável seria a aquisição de uma rede de farmácias, segmento em que o Pão de Açúcar vem realizando uma forte investida nos últimos anos. E alguns possíveis alvos de aquisições no setor já são cogitados pelo mercado. Segundo Pestana, está nos planos da companhia a abertura de drogarias independentes, que não estejam necessariamente anexas à alguma loja. E isso também vale para postos de combustíveis. Nos dois casos, a empresa decidiu usar a marca Extra. (CF)

 


Veículo: Valor Econômico


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