"O mercado de bebidas está aquecido, e o mercado de embalagens está acompanhando o crescimento", diz Carlos Alberto Augusto, que está à frente da Metalic Nordeste, empresa do grupo CSN. A Metalic está com a capacidade no limite. Em 2009, produziu 820 milhões de latas de aço, com faturamento de R$ 200 milhões. A previsão é atingir neste ano 950 milhões de latas, segundo Augusto. Enquanto na Europa e no Japão o aço domina o mercado de embalagens para bebidas, no Brasil 95% das latas são de alumínio. No Nordeste, a fatia das embalagens de aço é maior, de 37%, devido à resistência maior em relação ao alumínio. Para incentivar a reciclagem, a Metalic criou o programa Reciclaço, que pretende comprar 150 toneladas durante o Carnaval em Recife e Olinda. Por causa do aumento do consumo de bebidas, é necessário incentivar o catador a recolher a lata de aço, que tem valor agregado menor que a de alumínio, diz Augusto. "O Reciclaço dá subsídio ao catador." Os sucateiros recebem normalmente R$ 0,60 por 70 latas de aço e R$ 1,50 pela mesma quantidade de latas de alumínio. No Reciclaço, irão receber o dobro pelas latas de aço.
Veículo: Folha de S.Paulo