Os brasileiros já podem preparar o bolso. A partir de 31 de março, passam a vigorar os novos preços de medicamentos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A agência ainda não divulgou o índice para este ano, mas, segundo estimativa de Gian Barbosa, técnico da Tendências Consultorias de Economia, ele deve ser de até 4,91%.
Os cálculos foram feitos com base nos índices publicados ontem pela Câmara de Regulamentação do Mercado de Medi-camentos (Cmed).
Para calcular o valor máximo de reajuste autorizado, a Anvisa divide os medicamentos em três faixas, de acordo com a participação dos genéricos no segmento. Quanto maior a concorrência, menor será o aumento.
Na faixa 1, onde a concentração de genéricos é superior a 20%, o reajuste previsto por Barsbosa é de 4,53%. Esse é o caso do Omeprazol. Para a faixa 2, o consumidor pode esperar aumento de até 4,72%. Ela é representada pelos medicamentos com participação do genérico de 15% a 20%, como o Lexotan.
Já na faixa de remédios com menor concentração de genéricos, abaixo de 15%, o reajuste autorizado ficará em 4,91%. Nesse segmento está a maior
parte dos remédios de marca, como, por exemplo, o Viagra.
O aumento será menor do que o de 2009, quando o máximo foi de 5,9% para todos os medicamentos. Atualmente, existem cerca de 15.800 medicamentos genéricos em aproximadamente 87 mil tipos de apresentação.
No cálculo feito pela Anvisa são consideradas as despesas e a produtividade dos laboratórios, além do IPCA acumulado desde o mês de março de 2009.
Em meados de março, a Anvisa deve divulgar, pela internet, a lista dos remédios por faixa e o preço máximo que poderá ser cobrado do consumidor a partir do dia 31.
Veículo: Diário de S.Paulo