Vilma Alimentos investe R$ 5 mi em silo de trigo

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Com novo projeto a ser construído, a indústria mineira aumentará a capacidade de estoque do grão para 75 mil toneladas .

 
 
A Domingos Costa Indústrias Alimentícias S/A, detentora da marca Vilma Alimentos, está investindo R$ 5 milhões na construção de um silo de trigo no município de São Gotardo, na região do Alto Paranaíba. Desse total, R$ 3,5 milhões foram aplicados na aquisição do terreno, junto à Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba (Coopadap). O restante será alocado na composição da estrutura para dar início às operações.

 

Cerca de 40% desses recursos são provenientes do próprio caixa da empresa e a outra parte foi obtida através de financiamentos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

 

O terreno possui 125 mil metros quadrados de área e capacidade total para o armazenamento de até 200 mil toneladas de trigo. Inicialmente, o espaço será equipado para a estocagem de 15 mil toneladas do insumo. Segundo o vice-presidente da empresa, Sérgio Macedo, a previsão é de que as atividades no silo comecem em meados de junho e já recebam a próxima safra do grão.

 

Com esse novo espaço, a empresa aumentará a capacidade de estoque para 75 mil toneladas, já que hoje a unidade instalada em Contagem (RMBH) consegue armazenar 60 mil toneladas do grão. "O objetivo é criar uma estratégia de abastecimento que vai gerar maior competitividade, qualidade e produtividade para a indústria", afirmou.

 

Ainda conforme Macedo, a escolha do município para a instalação do silo ocorreu em virtude da concentração da produção na região, que atualmente possui área de aproximadamente 5 mil hectares voltada para o cultivo do trigo. "Há bastante tempo compramos o grão na região e acreditamos que, ao instalar um silo no município, poderemos incentivar ainda mais a produção", disse.

 

Sementes - Além do espaço para armazenamento, a Vilma tem também o objetivo de fechar parcerias locais, adquirindo sementes para negociar com os produtores. "Já compramos os grãos e temos interesse em fornecê-los aos agricultores. Essa é uma forma de fazermos o negócio direto com os ruralistas e eles ainda têm a garantia da venda do insumo", explicou.

 

A Vilma consome por ano 180 mil toneladas de trigo e a tendência é que esse volume aumente. Para se ter uma ideia, somente no primeiro bimestre deste ano a indústria registrou aumento de 10% na quantidade de itens produzidos em relação ao mesmo período de 2009.

 

O carro-chefe é a produção de massas, que corresponde a 33% do faturamento, seguida pelas misturas prontas (24%), refrescos (23%) e farinha pré-misturada (20%). A capacidade de produção de massas da Vilma hoje é de 5,5 mil toneladas/mês. A previsão é de que esse número salte para 11 mil toneladas/mês até o final do primeiro semestre.

 

Minas Gerais é o principal mercado consumidor da marca, respondendo por 75% da produção. Em seguida aparece o Nordeste, com cerca de 7%. O restante fica dividido entre Rio de Janeiro e Espírito Santo.

 

A Vilma faturou US$ 188 milhões no ano passado, receita 4,35% maior que a apurada em 2008. A empresa industrializa cerca de 60 produtos e implementou um plano de expansão que culminou com a chegada da companhia a todos os estados brasileiros.

 

Mesmo com a crise econômica mundial, que afetou diversos segmentos econômicos, a empresa conseguiu manter os negócios. Com a estabilidade da economia nacional, Macedo aposta em um incremento de até 15% no faturamento deste ano frente ao anterior. "A expectativa é de retomemos os níveis de crescimento registrados no período pré-crise", apostou.

 

Em relação a possíveis novos investimentos na unidade fabril da RMBH, ele informou que não há previsão. "Estamos saindo de um período de grandes aportes. Ao todo, foram investidos R$ 80 milhões na construção da fábrica de massas e no centro de distribuição", contabilizou. A empresa gera hoje 1,5 mil empregos diretos.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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