Insinuante e Ricardo Eletro criam nova gigante do varejo

Leia em 2min 10s

A rede de eletrodomésticos e móveis criada com a fusão deve ser maior do que o Magazine Luiza, hoje o 2º colocado no setor, atrás de Pão de Açúcar/Casas Bahia

Juntas, redes terão 480 lojas espalhadas em 17 Estados do país; controle será meio a meio e novo presidente será Ricardo Nunes, da Eletro

 

As redes de móveis e eletrodomésticos Insinuante, da Bahia, e Ricardo Eletro, de Minas Gerais, devem anunciar entre hoje e amanhã a união de suas operações. Juntas, as empresas devem ampliar seus negócios no Nordeste, no Rio de Janeiro e no interior de São Paulo.

 

A nova empresa terá 480 lojas espalhadas em 17 Estados do país. Com faturamento de R$ 4,6 bilhões anuais, a Insinuante/Ricardo Eletro deverá ser maior do que o Magazine Luiza (faturamento de R$ 3,8 bilhões no ano passado), que ocupa a segunda colocação no ranking do varejo no país, atrás de Pão de Açúcar/Casas Bahia.

 

O controle deverá ser dividido entre as duas redes -cada uma possuirá 50% de participação. Ricardo Nunes, dono da Ricardo Eletro, deve comandar a nova companhia. Luis Carlos Batista, da Insinuante, fica no conselho de administração.

 

No ano passado, Nunes disse que seu objetivo era consolidar e não vender a empresa. A rede montou um centro de distribuição em São Paulo e previa abrir mais 50 lojas no interior do Rio de Janeiro em 2010. O faturamento da rede no ano passado foi da ordem de R$ 2,1 bilhões, o que representou um aumento de 28% sobre 2008.

 

A decisão de fundir as duas redes ocorreu após o negócio entre o grupo Pão de Açúcar e as Casas Bahia no ano passado. Parceira do BTG Pactual, de André Esteves, a Insinuante foi uma das finalistas para a compra das Casas Bahia.

 

Fundada em 1959 em Vitória da Conquista, no interior da Bahia, a Insinuante, que começou suas operações com o comércio de calçados, tem cerca de 220 lojas. A Ricardo Eletro, fundada em 1989 em Divinópolis (MG) pelos irmãos Ricardo e Rodrigo Nunes, possui cerca de 240 lojas no país e emprega cerca de 8.000 pessoas.

 

A concentração no varejo, principalmente após o negócio entre Pão de Açúcar e Casas Bahia, estimula a fusão de redes menores, segundo consultores de varejo. A indústria é contrária ao movimento porque perde poder de negociação e fica nas mãos de grandes clientes.

 

Veículo: Folha de São Paulo


Veja também

Compra de mídia por agências cresce R$ 1 bi

As agências reforçam o otimismo e as expectativas elevadas de crescimento para este ano. Para isso, disputa...

Veja mais
Decisão de patente do Viagra abre precedente em 38 casos

Com previsão de voltar à pauta do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 14 de abril, a queda-de-bra...

Veja mais
Entrevista

Michael Moon, um dos maiores especialistas em marketing digital do mundo, afirma que as empresas não usam as nova...

Veja mais
Multiplicar por dois

Essa é a meta de Mariano Lozano, presidente da Danone no Brasil. Para isso, ele vai abrir uma fábrica no N...

Veja mais
Comprando

A Nestlé está em via de fechar a compra de mais uma empresa produtora de leite, desta vez, em Minas Gerais...

Veja mais
Previsão é que receita seja melhor nesta Páscoa

Empresas estimam alta de até 14%.    A rede ABC tem 20 lojas em nove cidades mineiras, nas regiõ...

Veja mais
Suggar aumenta mix e vendas têm alta de 20%

Empresa aposta que negócios se manterão aquecidos ao longo do ano.   O fim da redução...

Veja mais
Whirlpool cresce

O bom desempenho da economia brasileira no ano pós-crise colaborou para os resultados positivos da Whirlpool, don...

Veja mais
Remédios variam até 276% na região

A variação de preços entre o mesmo medicamento genérico pode chegar a até 276,6% na r...

Veja mais