Empresa, instalada em Varginha, dobrará atual produção para 560 toneladas/mês.
A PP Print Embalagens S/A, especializada na produção de embalagens flexíveis e rótulos para bebidas, com fábrica em Varginha, na região Sul de Minas Gerais, vai investir R$ 60 milhões, nos próximos quatro anos, com o objetivo de dobrar sua capacidade instalada, hoje em 350 toneladas/mês. Com a ampliação, a produção deve saltar das atuais 280 toneladas/mês para 560 toneladas/mês. Além disso, está prevista a expansão da área construída, que passará de 21 mil metros quadrados para 52 mil metros quadrados.
De acordo o diretor comercial da PP Print, Rene Brunelli, o bom momento pelo qual passa a empresa está atrelado à conjuntura do setor no país, que, segundo a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), já retornou aos níveis pré-crise e deverá crescer cerca de 6% em 2010, melhor resultado desde 1995.
Dados da Abre apontam ainda que o emprego na indústria de embalagens ganhou fôlego. Em 2009 foram cortados 1.350 postos de trabalho, contra 3.692 demissões no ano anterior.
A PP Print segue esse ritmo e, de acordo com Brunelli, o quadro de empregados deverá dobrar nos próximos anos, passando dos atuais 130 trabalhadores para 260 funcionários, para atender à crescente demanda. "Nossos principais clientes, como Coca-Cola, Yakult, Bimbo, Panco, Café Bom Dia e Caramuru Alimentos, têm aumentado o volume de pedidos neste início de ano", disse o diretor.
Brunelli está otimista em relação à expansão dos negócios e, com base nos investimentos programados, prevê incremento de 10% na receita em 2010 na comparação com 2009. Segundo ele, a empresa, que também atua no Estado de São Paulo (um dos maiores polos do setor de embalagens), pretende se consolidar, cada vez mais, no mercado nacional.
Apesar da retração registrada no primeiro semestre do ano passado, em virtude da crise financeira internacional, o diretor comercial acredita que o ano foi positivo, já que a PP Print conseguiu crescer 15% em relação a 2008. "O mercado tem se mostrado aquecido e a demada no setor de alimentos e bebidas tem ajudado no avanço dos negócios", afirmou.
No auge da crise, muitas empresas do ramo foram cautelosas quanto aos investimentos previstos. Mas, na contramão do segmento, a PP Print aportou R$ 15 milhões em equipamentos de impressão, em certificações e na adequação da infraestrutura.
"Foi uma atitude corajosa e nos demos bem nessa aposta. Além disso, temos preferência pela matéria-prima nacional, diferentemente de muitas concorrentes, que trabalham com produtos importados e estão sujeitas às oscilações cambiais", explicou.
Veículo: Diário do COmércio - MG