Produção do Estado neste ano deve registrar 9,9 mil toneladas do fruto, estabilidade em relação a 2009.
A produção mineira de caqui neste ano deve manter o mesmo rendimento obtido em 2009, quando foram colhidas cerca de 9,9 mil toneladas do fruto. O volume apresentou incremento de 10% frente à produção registrada no ano anterior. O aumento é atribuído ao crescimento da demanda no mercado interno e à maior aplicação de tecnologias no campo, o que contribui para alavancar a produtividade e reduzir os níveis de perdas.
De acordo com o coordenador técnico estadual da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Deny Sanábio, o caqui é uma fruta sensível às variações climáticas e a pancadas de chuvas, por isso os produtores precisam investir cada vez mais na modernização das lavouras. Por apresentar amadurecimento rápido, a colheita do caqui é realizada com o fruto ainda verde.
"Por ser uma fruta altamente perecível, a cultura do caqui precisa de investimentos consideráveis para que o fruto apresente alta qualidade e seja melhor valorizado no mercado. O consumo e as exigências pela qualidade do fruto são crescentes, principalmente pelo caqui possuir propriedades que contribuem para a inibição do câncer", disse Sanábio.
Na unidade das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), até 30 de março, o quilo do caqui era comercializado entre R$ 3,2 e R$ 3,6, e a tendência é de queda nos preços nos próximos dias devido ao período de safra do produto, que vai de abril a junho.
De acordo com Sanábio, os produtores, além de comercializar a fruta in natura, também estão investindo no caqui desidratado. Cada 100 gramas da fruta desidratada é vendida em média a R$ 4.
"Através da desidratação das frutas os produtores estão conseguindo agregar valor ao caqui, ampliando a receita e a durabilidade do produto. A opção é interessante, já que frutos menores, que não seriam valorizados pelo mercado consumidor, podem ser aproveitados para a desidratação. Outra vantagem é que a receita gerada pela fruta pode ser prolongada por todo o ano", avaliou Sanábio.
Produção - Em Minas Gerais a produção de caqui ocupa cerca de 500 hectares. Outros 90,5 hectares estão em formação e devem produzir a partir de 2011. Para implantação da cultura são necessários investimentos de R$ 10 mil por hectare. A produtividade do caqui pode chegar a 20 toneladas por hectare, dependendo dos tratos culturais aplicados pelos produtores.
"Os produtores mineiros estão investindo na ampliação da cultura e na qualidade do fruto para atender à demanda crescente. A maior preocupação dos consumidores em relação a uma alimentação balanceada está impulsionando a fruticultura e o caqui é um dos beneficiados", afirmou Sanábio.
O principal município produtor é Turvolândia, na região Sul do Estado. A produção média anual é de 6 mil toneladas do fruto em 300 hectares. Para a safra de 2011 a área ocupada aumentará em 50 hectares, alta de 16,6% em relação ao espaço ocupado na safra atual. No Sul de Minas são produzidos 79% do caqui gerado no Estado.
A região Central, segunda maior produtora, responde por 19% da safra total de caqui em Minas. Os municípios destaques de produção são Antônio Carlos e Barbacena, com produção de 900 toneladas e 540 toneladas, respectivamente. Os principais mercado consumidores são Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG