Empresas ainda avaliam se vale usar o Rodoanel

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Transportadora diz que precisa analisar impacto nos custos de suas operações

Reportagem da Folha na semana passada mostrou que carro de passeio gasta até 50% mais, entre pedágio e combustível, pela nova rota

 

Grandes empresas do setor de transportes ainda devem aguardar um período de mais um mês até decidir se compensa, em custos e produtividade, trocar a rota marginal Pinheiros-avenida dos Bandeirantes pelo trecho sul do Rodoanel.

 

Essa é a avaliação de André Stern, gerente em São Paulo da Coopercarga, que opera com cerca de 1.500 caminhões, controla terminais de contêineres em Itajaí, Paranaguá e Santos e tem clientes como Nestlé, Sadia, Unilever e Seara.

 

Ao menos nos primeiros dias, conforme balanço da Secretaria de Estado dos Transportes, o trecho sul do Rodoanel confirmou sua esperada vocação para o tráfego de cargas.

 

No primeiro dia de operação, a partir das 6h de quinta, os veículos pesados representaram 35% do tráfego. Só na quinta, 29 mil veículos passaram pelo trecho sul, mas na Sexta-Feira Santa com 24 horas de operação, o número caiu para 25,5 mil e somente 5% eram caminhões e ônibus.

 

A Coopercarga, por exemplo, já transferiu para o trecho sul quase todo o tráfego de caminhões para o porto de Santos, mas ainda vai avaliar como essa mudança impactou nos custos.

 

Na semana passada, a Folha mostrou que um carro de passeio gastava até 50% mais, entre combustível e pedágio, ao optar por chegar ao início da Imigrantes pelo Rodoanel, na comparação com a rota antiga.

 

Para a entidade, ficou cerca de 50 km mais longa a viagem ida e volta entre seu centro de logística, no km 18 da rodovia Anhanguera, e o terminal que mantém em Santos.

 

Além disso, a partir de 2011 haverá praças de pedágio no trecho sul, cujo preço ainda será estabelecido quando ele for concedido à iniciativa privada. O teto da tarifa é de R$ 6,00.

 

"Existe um ganho de produtividade [número de viagens/ dia por caminhão, com a redução do tempo], mas vamos ver como a distância vai onerar nos custos", afirmou Stern.

 

Segundo ele, se houver muita alta do custo em um ambiente de grande concorrência, parte das transportadoras pode repensar a opção pelo Rodoanel.

 

Stern afirma que só haverá ganhos de eficiência significativos quando forem resolvidos outros gargalos no transporte, porque caminhões ficam muito tempo na carga e descarga.

 

Assim, o tempo ganho com a troca da rota marginal Pinheiros-avenida dos Bandeirantes seria menos importante no cálculo do custo com o transporte.

 

Veículo: Folha de São Paulo

 


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