Pão de Açúcar e Casas Bahia reveem fusão

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Pelo acordo de acionistas, os Klein ficam impedidos de vender as ações da nova empresa pelo período de um ano

 

A fusão anunciada há quatro meses pelos então sorridentes empresários Abilio Diniz, do grupo Pão de Açúcar, e Michael Klein, da Casas Bahia, que criou o maior grupo varejista do país, está sendo renegociada. Um dos pontos que a Casas Bahia quer rever é o prazo existente no acordo para que os Klein possam vender a sua participação na empresa criada com a fusão dos ativos.

 

Pelo acordo de acionistas, os Klein ficam impedidos de vender as ações da nova empresa pelo período de um ano. Dentro de 12 a 48 meses, eles poderão vender 29% dos papéis que possuem. Entre 49 e 72 meses, a fatia disponível para negociação sobe para 49% e apenas a partir do 73º mês, ou seja, a partir de 2016, todos os papéis ficam desbloqueados. A questão é que eles querem se desfazer de uma parcela maior das ações num prazo mais curto.

 

Outro ponto que pode ser passível de mudanças é o valor dos ativos definido na primeira fase de negociação, em 2009. Pelo acordo, os ativos da Casas Bahia precisam ser aportados dentro da nova empresa e devem corresponder a um aluguel mensal aos Klein. O problema é que estes têm batido na tecla de que os ativos foram subavaliados. Por causa disso, o aluguel das lojas ficaria abaixo dos R$ 130 milhões ao ano, calculados em conjunto pelas duas empresas no início das negociações. Além disso, o processo de "due diligence" nos ativos da Casas Bahia ainda não teria terminado em razão da complexidade da operação.

 

Já se sabia que se tratava de operação complexa - com um faturamento anual de R$ 40 bilhões, uma rede de 1.807 lojas e 137 mil funcionários - e na qual se combinavam duas personalidades fortes, Abilio e Michael, que nos últimos dias voltaram à mesa de negociações e, possivelmente, sem os largos sorrisos que exibiam há quatro meses.

 

Veículo: valor Econômico


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