Se o casamento entre o grupo Pão de Açúcar e Casas Bahia ainda não foi consumado, quatro meses depois do anúncio de fusão, a união entre as varejistas Ricardo Eletro e Insinuante, celebrada oficialmente há pouco mais de duas semanas, já "chegou aos finalmentes". Quem garante é Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro que se tornou o presidente da nova Máquina de Vendas, a holding resultante da fusão entre as duas varejistas.
"Já integramos compras, logística e marketing", afirma. "Já temos quase 50 pessoas da Insinuante trabalhando aqui, em Belo Horizonte [sede da Ricardo Eletro] e outras 50 pessoas da Ricardo lá na Bahia [sede da Insinuante]", diz.
As compras em conjunto começaram no dia 5, afirma. Na segunda, foi realizada a primeira convenção integrada da área comercial, com 1,1 mil gerentes, em Mata de São João, na Bahia. "Já foram definidos os gerentes regionais de toda a empresa e suas respectivas lojas", diz. Não por acaso, Nunes estava rouco na tarde do dia 12.
O comando da área comercial ficou com a Ricardo Eletro. Foram designados três diretores e seis gerentes de compras, todos trabalhando em Belo Horizonte. Há um gerente de compras para cada categoria de produto: linha branca, linha marrom, telefonia, informática e portáteis. De todos os executivos, apenas um gerente da Insinuante, que estava trabalhando em Salvador, mudou-se para a capital mineira. A empresa acredita que seja possível gerar R$ 150 milhões ao ano no curto prazo. (DM)
Veículo: Valor Econômico