Cesta básica sobe em 16 das capitais pesquisadas em abril, diz Dieese

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O preço da cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em abril no comparativo com o mês anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira.

 

Os aumentos mais significativos ocorreram em Natal (12,09%), Belo Horizonte (6,55%) e Recife (6,17%). Por outro lado, as menores variações foram verificadas em Brasília (0,57%) e Aracaju (1,80%). A única retração no período aconteceu em Goiânia (-0,22%).

 

A cesta básica mais cara continua sendo a de Porto Alegre, que subiu 4,53% no mês, para R$ 268,72, seguida de São Paulo (R$ 261,39) e Rio de Janeiro (R$ 253,13). Os menores custos foram registrados em Aracaju (R$ 184,97), Fortaleza (R$ 187,21).

 

Nos primeiros quatro meses do ano,o custo da cesta básica subiu em todas as cidades pesquisadas. As maiores variações acumuladas foram anotadas em localidades do Nordeste: Recife (25,20%), Salvador (20,12%), Natal (19,98%) e João Pessoa (19,47%). Os menores aumentos ocorreram em Fortaleza (5,79%), Brasília (6,99%), Goiânia (8,15%) e Aracaju (9,33%).

 

Produtos

 

Os principais responsáveis pela alta do custo da cesta em abril foram leite, que ficou mais caro em 16 capitais, tomate, também com alta em 16, e feijão, que registrou aumento de preços em 15 cidades.

 

As maiores elevações do leite foram anotadas em Salvador (12,78%), Florianópolis (8,25%), Curitiba (7,56%) e Porto Alegre (7,18%). Apenas em Manaus (-1,74%), o produto ficou mais barato. Desde março, o preço do leite vem aumentando na maioria das capitais, em parte pela quebra da produção devido ao excesso de chuvas em algumas regiões produtoras como o interior do estado do Rio, Santa Cataria e Paraná.

 

O tomate, que já vem pressionando o custo da cesta nos últimos meses e foi, em março, o maior responsável pela alta verificada, manteve, em abril, taxas elevadas, mas com tendência à redução. São Paulo registrou recuo de 9,05% e houve pequenas variações no Rio de Janeiro (2,39%, Curitiba (1,49%) e Brasília (1,19%), enquanto a menor elevação do mês anterior havia sido superior a 12%. O clima tem sido favorável para o aumento da oferta e os preços elevados tendem a ser rejeitados pelo consumidor.

 

O feijão voltou a indicar comportamento altista já iniciado em março e apenas Fortaleza (-2,07%) e Goiânia (-2,74%) tiveram redução no preço. As taxas mais significativas foram apuradas em Belo Horizonte (50,97%), São Paulo (46,30%), Salvador (43,36%) e Natal (39,53%).

 

A carne, produto com maior contribuição para o custo da cesta, ficou mais cara em 11 capitais. As maiores altas ocorreram em Vitória (5,91%), Natal (5,64%) e Manaus (3,43%).

 

Salário

 

Com base no custo da cesta observado em Porto Alegre, o Dieese estimou que em abril o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas da população seria de R$ 2.257,52, o que corresponde a 4,42 vezes o mínimo vigente de R$ 510,00.

 

Em fevereiro, o mínimo era estimado em R$ 2.159,65, ou 4,23 vezes o piso em vigor. Já em abril de 2009,o mínimo necessário ficava em R$ 1.972,64, o que representava 4,24 vezes o piso de então (R$ 465,00).

 

Veículo: Folha Online


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