Copersucar busca manter sua força

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Em meio a grandes movimentos no segmento sucroalcooleiro, a Copersucar S.A. vem reforçando a atuação e trazendo para o seu time usinas que estão fora do movimento de consolidação. São empresas que buscam na associação com a maior companhia de comercialização de açúcar e etanol do país a forma de continuar fortalecidas no setor, cada vez mais dominado por grandes companhias.

 

Desde 2009, cinco usinas tornaram-se sócias da Copersucar, agregando uma capacidade de moagem de cana de cerca de 12 milhões de toneladas. A quinta nova sócia foi anunciada ontem: a norueguesa Umoe Bioenergy, controladora de duas usinas em São Paulo e a primeira de capital estrangeiro a se juntar à companhia.

 

As últimas adesões e a expansão da área de trading de açúcar da Copersucar trazem uma marca importante à empresa neste ano. Na safra atual, a 2010/11, a companhia irá comercializar uma produção de açúcar e álcool equivalente à moagem de 105 milhões de toneladas de cana - 25% mais que no ano passado. Serão 89 milhões das 37 sócias e 16 milhões de não-sócias. O número equivale a quase o dobro da capacidade da maior empresa do segmento no mundo, a Cosan, que deve esmagar 63 milhões de toneladas neste ciclo.

 

O volume de açúcar negociado vai crescer 33%, saltando para 6,9 milhões de toneladas. Isso significa que, sozinha, a Copersucar vai superar a comercialização do segundo país exportador do produto no mundo depois do Brasil, a Tailândia, que embarcou, em 2009, 4,5 milhões de toneladas da commodity.

 

"As mudanças no setor têm provocado as usinas a fazerem mais a lição e a buscar um posicionamento estratégico", diz o presidente do conselho de administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti.

 

Nesta safra, a Copersucar deve centralizar a comercialização de 18% de todo açúcar e álcool produzidos na região Centro-Sul, percentual que era de 14% na safra 2008/09. "Nosso plano é em dez anos responder por 30% da comercialização da região que também crescerá a taxas de 6% a 7% ao ano", diz o CEO da empresa, Paulo Roberto de Souza.

 

Para fazer frente a esse crescimento, a empresa conclui no momento um projeto logístico que demandará investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, a serem aplicados ao longo de cinco anos. Souza afirma que os detalhes estão sendo fechados, mas que a expansão se dará em infraestrutura portuária, no aumento do número de pontos de transbordo e na capacidade de embarque via ferrovia e hidrovia. "Temos usinas associadas que estão preparadas para embarcar álcool em hidrovia. Aproveitaremos o potencial", diz Souza.

 

A operação com álcool também foi reforçada pela criação no ano passado da comercializadora de álcool , dentro da nova regulamentação da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Agora, com a comercializadora, a Copersucar também está autorizada a negociar etanol de não-sócios no mercado interno. A venda total de etanol da empresa deve ficar em 4,6 bilhoes de litros, 16% mais que na temporada 2009/10.

 

Veículo: Valor Econômico

 


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