Klabin pode rever para cima expansão em papel-cartão

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A Klabin, maior fabricante brasileira de papéis para embalagens, estuda ampliar o projeto de expansão na área de papel-cartão, já anunciado pela sua direção. Originalmente, a companhia planejava instalar uma nova máquina, com capacidade para 350 mil toneladas por ano, idêntica à mais recente, inaugurada na segunda metade de 2008 na unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). Agora, de acordo com o diretor da unidade de papéis-cartões da companhia, Edgard Avezum Junior, a ideia é buscar uma máquina com capacidade "bastante superior" a 350 mil toneladas.

 

Segundo o executivo, a instalação de uma "linha gêmea" em Monte Alegre traria sinergias que não serão geradas com a alteração do projeto. Contudo, a companhia acredita que o crescimento nas vendas de papel-cartão, tanto no mercado doméstico quanto no exterior, será sustentado, com ganhos que superarão aquelas sinergias. "A grande notícia é a perspectiva de que o mercado continuará crescendo nos próximos anos", diz Avezum.

 

A Klabin investiu R$ 2,2 bilhões no projeto de expansão batizado MA-1100, que ampliou a capacidade total de produção anual da empresa de cerca de 1,6 milhão de toneladas para 2 milhões de toneladas. Segundo o diretor, no segundo semestre essa máquina de papel-cartão, uma das maiores do mundo, vai rodar acima da capacidade nominal. "Teremos uma parada programada de 10 dias em Monte Alegre, em junho, que já estava agendada porque esse período costuma ser mais fraco em termos de pedidos", conta Avezum. "Mas as vendas seguem em ritmo forte e o segundo semestre não há de ser diferente."

 

O projeto de expansão consolidou a Klabin no grupo dos maiores fornecedores mundiais de papel-cartão, item que hoje representa o carro-chefe da companhia tanto em volume quanto em receitas. No primeiro trimestre, as vendas do produto representaram 38% do volume total comercializado pela empresa (433 mil toneladas sem incluir madeira) e 36% da receita líquida, que somou R$ 844 milhões, incluindo madeira.

 

Além da instalação de uma nova máquina de papel-cartão, a companhia planeja construir uma fábrica de celulose, com capacidade para 1,5 milhão de toneladas por ano, com o objetivo de atender futuras unidades de papel.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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