Leite ao produtor sobe, mas longa vida recua

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Os preços do leite ao produtor voltaram a subir este mês. Pelo leite entregue em abril, os produtores do país receberam, em média, R$ 0,751 por litro, 4,45% mais do que no mês anterior, de acordo com levantamento realizado pela Scot Consultoria.

 

Havia a expectativa de que o mercado começasse a esfriar, disse Rafael Ribeiro, analista da Scot, mas ainda houve aumento expressivo nas cotações no Nordeste, onde a entressafra começou, e em Goiás, onde a estiagem afetou as pastagens. Em Maranhão, por exemplo, a alta no período foi de 11,11%, e em Goiás, de 5,77%. Em São Paulo, com valorização de 1,60% e em Minas Gerais, de 2,72%.

 
 
De acordo com a Scot, a expectativa para os pagamentos de junho - do leite entregue este mês - é de estabilidade. Dentre 115 laticínios, 62% informaram à Scot acreditar em preços estáveis, 9% em alta e 28% em queda.

 

O mercado deve esfriar de fato a partir de julho, início de agosto, com as chuvas e o aumento da oferta de leite. "Além disso, o custo da alimentação está mais baixo", observou Ribeiro, para justificar a expectativa.

 

A razão para os custos menores são principalmente as cotações mais baixas de milho e farelo de soja, componentes da ração do gado leiteiro. Segundo o analista, o Índice Scot de Custo de Produção da Pecuária Leiteira mostra que o custo de produção de janeiro a maio deste ano ficou 4% abaixo do mesmo intervalo de 2009.

 

Enquanto o leite ao produtor ficou firme, os preços do longa vida recuaram no atacado e no varejo este mês, mostra o levantamento da Scot. O litro do longa vida saiu de R$ 1,93 em abril para R$ 1,75 em maio no atacado. No varejo, saiu de R$ 2,12 para R$ 2,09 o litro. "A demanda foi prejudicada pela alta dos preços", afirmou Ribeiro.

 

Também houve pressão no chamado "spot" (negociação entre as empresas), que saiu da média de R$ 0,92 por litro em abril para R$ 0,84 em maio, diz a pesquisa. O motivo é que há menos concorrência pelo leite entre os laticínios.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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