Padarias pedem margem de erro maior

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Após registrarem um alto índice de irregularidade nos produtos de fabricação própria – vendidos com peso menor do que o informado, por exemplo –, as padarias paulistas vão propor ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) a possibilidade de permitir uma variação maior no peso desses produtos.

 

A proposta foi feita ontem em reunião do Ipem-SP com representantes de padarias, marcada a pedido do superintendente do Ipem-SP, Fabiano Marques de Paula. Ele considerou alarmante o resultado da operação feita em maio, na qual 121 das 202 (60%) padarias fiscalizadas apresentaram erros quantitativos.

 

A maior irregularidade constatou falta de 84 g em um bolo de 618 g – o que representaria quase 3 fatias de um bolo repartido em 20 pedaços.

 

Na reunião, o Ipem anunciou que irá elaborar uma cartilha para orientar as padarias sobre a regulamentação. Por outro lado, os empresários pediram mudanças na regulamentação do Inmetro para conseguirem maior tolerância em relação a alguns produtos produzidos nas padarias como bolos, tortas e alguns tipos de pães, que, segundo eles, desidratam e perdem peso depois de embalados e etiquetados.

 

Antero José Pereira, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan), confirmou que, antes de solicitar mudança nas regras ao Inmetro, pedirá um estudo ao Instituto do Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria (IDPC) para medir o nível de perda de peso dos produtos. “Vamos delimitar quais produtos sofrem com isso e o quanto de peso perdem.”

 

Porém, para Maria Inês Dolci, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), a mudança deve ser avaliada para não prejudicar o consumidor.

 

“Isso precisa ser bem discutido e avaliado ou poderá ser uma forma de amparar legalmente as padarias para continuarem vendendo alimentos com peso abaixo daquele informado na embalagem. As padarias poderiam trabalhar com uma margem de peso, prevendo o quanto de peso o produto vai perder nos dias seguintes à fabricação.”

 


Veículo: Jornal da Tarde - SP


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