Com "Balde Cheio", produção de leite aumenta até 15 vezes

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O desempenho da pecuária leiteira nacional ainda é sofrível, apresentando baixos índices de produtividade por animal e por área.

 

Mesmo com os progressos dos últimos anos e apesar de possuirmos tecnologias para todas as regiões do Brasil, estas chegam de modo incipiente à maioria dos produtores de leite. A principal razão disso é a ausência de uma estrutura de assistência técnica, capacitada e competente, para o produtor rural, principalmente o pequeno proprietário familiar, importante elo da cadeia produtiva do leite.

 

Devido à reduzida produtividade e à baixa remuneração obtida no mercado, boa parte dos produtores está desmotivada.

 

Para reverter esse quadro, a Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) criou e vem desenvolvendo o Projeto "Balde Cheio".
O principal objetivo do projeto é viabilizar economicamente a propriedade leiteira, pela incorporação de tecnologias que permitam a redução de custos e a maior produtividade por área e por animal, mas com métodos inovadores.

 

O diferencial é a forma de trabalho, que consiste na capacitação de técnicos e de produtores, com a transformação das propriedades em "salas de aula" onde ocorrem os treinamentos.

 

As tecnologias são propostas, discutidas e é combinado um plano de implantação.

 

Os encontros são frequentes e a propriedade é assistida durante quatro anos, ficando depois independente.

 

O sítio fica sob monitoramento permanente de um técnico da extensão rural -com supervisão de um pesquisador da Embrapa- e é aberto a visitações.

 

Essa metodologia inovadora supera muitos dos problemas normalmente enfrentados na transferência, para o campo, do conhecimento gerado nas instituições de pesquisa.

 

Alguns resultados obtidos com o Projeto "Balde Cheio" são a obtenção de lucro em propriedades que antes eram deficitárias, o aumento da renda do pequeno produtor, a redução do êxodo rural e o aumento de 12 a 15 vezes da produção de leite por hectare por ano.

 

Cerca de 90% dos produtores conseguiam produção diária inferior a 80 litros no início dos trabalhos. Após a incorporação ao projeto, passaram a produzir de 300 a 1.000 litros por dia.

 

Os pecuaristas assistidos são pequenos produtores que estavam a ponto de abandonar a atividade e que hoje estão numa situação confortável.
"Ninguém vai ficar rico com pequena produção de leite, mas o pequeno produtor pode multiplicar sua renda, sair da pobreza, usar tecnologia e gerência, viver dignamente e com conforto", como costuma dizer Artur Chinelato de Camargo, coordenador do projeto.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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