O Brasil teve um prejuízo de quase R$ 1 bilhão com o roubo de cargas nas rodovias em 2009. Foram 13.500 ocorrências, segundo dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística). A realidade, no entanto, é ainda pior, de acordo com o próprio presidente da entidade, Flávio Benatti.
Segundo ele, é grande o número de crimes desse tipo que não são comunicados à polícia. Estimativas não oficiais da Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac) indicam que o roubo de cargas aumenta cerca de 7% a cada ano.
"Não há dúvidas de que o prejuízo é muito maior e que é grande a influência desse tipo de prática criminosa no custo Brasil", disse Benatti, durante o 10º Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
"O prejuízo vai muito além de R$1 bilhão, uma vez que é grande o número de casos que não são notificados. Isso acaba sendo arcado pelas empresas e seguradoras, antes de ser repassado aos consumidores", avaliou o presidente da Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados, Milton Monti.
Segundo a NTC, 81,38% dos roubos de cargas registrados ocorrem na região Sudeste. "Isso corresponde a quase 11 mil, das 13.500 ações criminosas praticadas no país. Em valores, são cerca de R$ 660 milhões em prejuízo apenas no Sudeste", explicou Benatti. Em segundo lugar, vem a região Sul, com 1.069 casos, ou 7,9% - prejuízo de R$ 102,5 milhões. Entre as mercadorias mais visadas pelos criminosos estão produtos alimentícios, eletroeletrônicas, fármacos, os cigarros, têxteis, as autopeças e os combustíveis, além de produtos metalúrgicos e químicos.
Veículo: Diário do Comércio - MG