Ranking divulgado pela Interbrand avalia marca do banco em R$ 20,6 bilhões
As instituições financeiras, seguindo a tradição de anos anteriores, lideraram o ranking de marcas mais valiosas do Brasil em 2010, segundo levantamento da consultoria Interbrand. O banco Itaú, que ao final de 2008 se fundiu com o Unibanco, lidera a lista, com a sua marca avaliada em R$ 20,651 bilhões.
Em segundo lugar nesse ranking está o Bradesco, que teve o valor da sua marca avaliado em R$ 12,381 bilhões. Em terceiro lugar aparece a Petrobrás, com R$ 10,805 bilhões. O Banco do Brasil ficou em quarto lugar do ranking e teve o seu valor de marca estimado em R$ 10,497 bilhões.
A cerveja Skol, marca que pertence à AmBev, ficou em quinto no ranking, com valor de R$ 6,593 bilhões. "Temos um posicionamento forte no mercado, como o (slogan) "Desce Redondo", que ficou conhecido em todo o País. Além disso, a inovação é um dos nossos principais pilares", diz a gerente de comunicação da Skol, Fabiana Anauate.
"As cinco primeiras colocadas do ranking brasileiro poderiam figurar entre as cem marcas mais valiosas do mundo. Falta-lhes apenas maior visibilidade, reconhecimento e presença internacional para serem verdadeiramente globais. Isso é apenas uma questão de tempo", afirma Alejandro Pinedo, diretor geral da Interbrand Brasil. Em 2009, a consultoria não realizou o ranking no Brasil e em 2008 divulgou uma versão ampliada para toda a América Latina, que também foi liderada pelo Itaú.
Para Pinedo, o destaque dos bancos no ranking nacional se deve ao fato de eles serem extremamente conhecidos e estarem muito presentes na vida dos brasileiros. "Também é preciso levar em conta o tamanho da receita e do lucro dessas instituições, sendo que boa parte desse lucro vem do poder da marca", explica ele. No último ranking global da Interbrand, realizado no final de 2009, nenhum banco aparece nas três primeiras posições, que são ocupadas por Coca-Cola, IBM e Microsoft, nesta ordem.
Ganho. O diretor executivo de marketing do Itaú Unibanco, Fernando Chacon, avalia que houve um ganho no valor de marca após a fusão com o Unibanco. Segundo ele, alguns setores, como seguros e private banking, tiveram uma rápida incorporação da marca Itaú, e agora esse processo ganha força também nas agências. "Em 2009, nós já integramos os balanços, o que resultou em uma redução de custos e perdas e se potencializou no resultado do primeiro trimestre de 2010", afirma Chacon. Ele também atribui o resultado ao bom desempenho do setor bancário durante a crise financeira internacional.
O gerente de marketing e comunicação do Banco do Brasil, Elvis Kleber de Arruda Figueiredo, por sua vez, afirmou que todas as instituições financeiras têm forças e fraquezas. "O nome Brasil, por exemplo, é força e fraqueza. Agora o Brasil está em alta, mas não sabemos como isso vai se comportar no futuro", afirmou, destacando que o foco do banco federal agora é a internacionalização.
O Bradesco, que ficou em segundo lugar no ranking, não enviou representantes ao evento e o porta-voz da Petrobrás, terceira colocada na lista, não participou da coletiva de imprensa.
Pela metodologia da Interbrand, a marca vale o quanto ela pode gerar de lucro no futuro. O Índice de Força da Marca, elaborado pela consultoria, leva em conta conceitos como autenticidade, capacidade de resposta ao mercado, consistência e diferenciação. O ranking inclui apenas empresas brasileiras, deixando de fora marcas globais que atuam no País.
Veículo: O Estado de S.Paulo