Colchão de espuma terá de ter o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) até o início de 2012. Preocupado com a qualidade do produto, que pode provocar problemas à saúde dos usuários se for inadequado, o Inmetro já finalizou o regulamento para o Programa de Certificação Compulsória de Colchões, que estabelecerá os critérios mínimos de segurança para fabricação e importação do produto.
Alvo de muitas reclamações na ouvidoria do Inmetro, o colchão tem sido objeto de testes de segurança e qualidade promovidos pelo Programa de Análise de Produtos do órgão.
Em 1999, o órgão analisou 19 marcas de colchões de espuma D33 (para solteiros) e o índice de reprovação foi alto: 47% do total. A situação ficou mais preocupante ainda quando, em 2008, 66% dos produtos foram reprovados em um outro ensaio.
De acordo com o Inmetro, o principal problema é a má qualidade e a densidade inadequada da espuma – que deve ser de 35 quilos por metro cúbico. Isso causa deformações permanentes no colchão, o que poderia provocar lesões ao usuário.
“A qualidade e a densidade da espuma estão diretamente ligadas à qualidade do sono do usuário. Isso, associado à resistência do produto, também influencia no impacto à coluna do consumidor”, explica Gustavo Kuster, chefe da divisão de programas de avaliação da conformidade do Inmetro.
De acordo com a proposta inicial, a certificação deve entrar em vigor em 18 meses. Depois disso, todos os colchões só poderiam sair de fábrica com o selo do Inmetro. Em seguida, o comerciantes teriam mais seis meses para se adaptar. No segundo semestre de 2012, só poderiam ser vendidos colchões com o selo do órgão.
Para aperfeiçoar o regulamento, o Inmetro mantém uma consulta pública em seu site (www.inmetro.gov.br) até o dia 18 de junho.
Veículo: Jornal da Tarde - SP