Alta rotatividade reduz em 15% salários dos trabalhadores de supermercados

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Funcionário contratado em 2009 ganhava, em média, R$ 712,15; demitido levava R$ 837,25

 

O setor de supermercados contratou mais no ano passado, mas a alta rotatividade da mão de obra reduziu os salários dos novos empregados. O vencimento médio de quem foi admitido em 2009 foi de R$ 712,15, enquanto os que deixaram o emprego ganhavam R$ 837,25.

 

A diferença é de 15%, como mostra pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgada nesta quinta-feira (15), a pedido do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
- A rotatividade serve como mecanismo redutor do custo do trabalhados deste segmento. Ao mesmo tempo em que muitos trabalhadores são contratados, muitos são demitidos, com ou sem crise. O agravante é que esse processo provoca, sempre, rebaixamento da média salarial.

 

No ano passado, o setor gerou 18 mil vagas em todo o Estado de SP – 5.000 delas só na capital. Segundo a pesquisa, que buscou analisar o perfil dos empregados do setor supermercadista, a geração de emprego se concentrou nas empresas com até quatro funcionários – foram 8.000 empregos criados nas micro e pequenas empresas.
- Em 2009, essas empresas fecharam o ano com o dobro de postos de trabalho frente às empresas de médio e grande porte: 8.000 postos criados nas micro e pequenas, contra 4.000 nas empresas com mais de 19 empregados.

 

O estudo descobriu que o valor médio pago aos empregados em supermercados da cidade de São Paulo foi de R$ 1.093,82, em 2008. O valor equivale a 2,64 salários mínimos, que na época valiam R$ 415.

 

Levando em conta todo o Estado, os ganhos são 9% menores do que os da capital, chegando a R$ 993,63 (ou 2,39 mínimos).

 

O Dieese diz que, em dezembro de 2008, o salário mínimo necessário para suprir as necessidades básicas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, deveria ser de R$ 2.141,08.

 

O estudo conclui que, entre 1999 e 2008, o nível de emprego formal supermercadista cresceu 64% na cidade, enquanto a remuneração média foi pelo caminho contrário, recuando 5,5%.

 


Veículo: DCI


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