Com a especulação do mercado em torno da venda das lojas Colombo, do sul, da rede Maia, que atua no nordeste, e da paulista Lojas Cem, que estariam no alvo do Magazine Luiza, especialistas acreditam que esse cenário pode vir a prejudicar o mercado, e consequentemente o consumidor. Para o professor de Direito da Faap, e responsável pela área de Direito Concorrencial do escritório de advocacia Machado e Associados, o "rumo de fusões e aquisições pode esbarrar no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e com isso o Estado pode interferir caso isso venha a prejudicar o poder de compra do consumidor, mesmo em compra de redes de médio e pequeno porte", alerta o especialista.
Paralelamente a isso existem redes que conseguiram fazer compras e não esbarram nesses critérios do Cade - como considerar, na época, um monopólio de compra. Isso no caso da terceira varejista no Brasil, segundo o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Walmart, que há seis anos quando adquiriu o grupo nordestino Bompreço afirma não ter visto problemas. O Bompreço foi cotado, esta semana, por especialistas em varejo, para se tornar inclusive alvo de compras de concorrentes, porém a empresa nega.
Movimentação
Toda essa movimentação de fusões e aquisições vista em torno do Magazine Luiza, dono de 450 lojas e que prevê faturar este ano R$ 5 bilhões, 20% mais, além do interesse já anunciado de abertura do capital, se dá depois de um panorama interessante, também no setor supermercadista, em que o Grupo Pão de Açúcar (GPA) adquiriu a Globex Utilidades S.A. (controladora da rede carioca Ponto Frio) e depois anunciou a união com a líder de 'eletromóveis' no País, a empresa da família Klein, Casas Bahia, cujos acordos finais foram decididos há poucos dias, depois de horas de negociação entre os advogados dos Klein e da família Diniz, dona, junto dos franceses do Casino, do GPA.
Veículo: DCI