Empresa processa entre 60 mil e 90 mil litros de leite por dia.
O Laticínios MB Ltda, detentor da marca Produtos Jong, com sede em Lima Duarte, na Zona da Mata mineira, vai investir de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões, até 2011, na ampliação da capacidade produtiva e da mecanização da indústria. Os principais produtos do laticínio são os queijos.
Para ampliar as vendas através da garantia de qualidade alimentar, a empresa também realizou inversões na adaptação da unidade fabril para obter certificação. Com os aportes a capacidade produtiva da indústria será ampliada entre 40% e 50%.
De acordo com o diretor da empresa, Bernardo Bahia, o laticínio está operando próximo à capacidade instalada. Por dia são processados entre 60 mil e 90 mil litros de leite. A variação ocorre dependendo do período de safra do leite. A produção diária pode alcançar cerca de 200 toneladas de queijo por dia. Além dos 20 tipos de queijos especiais, ainda são fabricados requeijões e manteiga.
"A demanda pelos nossos produtos é crescente devido à tradição da empresa e aos investimentos constantes no aprimoramento dos processos e da qualidade. Os aportes serão essenciais para ampliar nossos negócios e no futuro investir nas exportações. Já estamos aptos a exportar, porém os preços no mercado internacional ainda não estão satisfatórios", disse Bahia.
No primeiro semestre o faturamento da empresa cresceu cerca de 5% frente aos resultados obtidos em igual período do ano anterior. A receita gerada no intervalo não foi informada. De acordo com Bahia, antes da crise econômica mundial, o faturamento do laticínio apresentava crescimento anual de 15%. Em 2009, os resultados se mantiveram estáveis ao gerado no ano anterior.
A redução do ritmo de crescimento se deve à queda registrada na demanda e nos preços do leite em pó no mercado internacional, o que provocou a maior oferta de produtos lácteos no mercado interno e, conseqüentemente, queda nos valores de comercialização.
A expectativa é que o ritmo seja recuperado entre 2010 e 2011. Além da retomada da economia e dos preços do leite no mercado externo, a ampliação do mercado consumidor, com o aumento da renda da população, poderá resultar em um crescimento expressivo do laticínio.
"O nosso maior mercado é o Nordeste do Brasil. A demanda na região por produtos diferenciados é crescente e impulsionado pelo maior poder de compra da população. Para ampliar nossa atuação estamos investindo no aprimoramento da qualidade dos nossos produtos", disse Bahia.
Certificação - Entre 2009 e o primeiro semestre de 2010, foram investidos cerca de R$ 100 mil na adaptação da fábrica e no treinamento dos funcionários para que a empresa obtivesse certificação. O Laticínios MB foi a primeira indústria contemplada pelo Programa de Qualidade para Certificação desenvolvido pelo polo do leite e pela empresa de origem alemã TÜV Rheinland.
O laticínio recebeu o certificado com o selo prata. A categoria avalia a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), que deve estar de acordo com as práticas de segurança do leite.
O polo do leite fechou acordo de cooperação técnica com a TÜV Rheinland para a realização de treinamentos, preparações para certificação e auditorias, visando adquirir o selo para setor lácteo mineiro com a chancela da certificadora.
O foco inicial do projeto são 100 indústrias das regiões mineiras da Zona da Mata e Campos das Vertentes, já mapeadas, tanto os fornecedores, quanto as indústrias, prevendo até a certificação com ISO 22.000. O objetivo é o desenvolvimento sustentável do agronegócio do leite na região.
"As certificações irão fortalecer a excelência na produção de laticínios da região, garantindo a qualidade local já consagrada do leite e de seus derivados, bem como favorecer a entrada no mercado internacional desses produtos", afirmou o representante técnico da TÜV Rheinland, Daniel Gularte.
Veículo: Diário do Comércio - MG