Um botijão de gás de cozinha custava, na média, em junho, R$ 37,53. O valor é 14,2% maior do que há um ano, mesmo com o preço do produto nas refinarias tendo sido mantido no mesmo patamar desde 2002.
Segundo o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado de São Paulo (Siregás), Giovani Raimundo Buzzo, os repasses dos aumentos do custo de distribuição também foram represados nesse período, quando o governo federal manteve o preço intacto nas refinarias para os botijões de 13kg. A correção, diz ele, concentrou-se no ano passado, principalmente em setembro, quando houve o dissídio coletivo para os trabalhadores da área.
O gás sai das refinarias custando R$ 11,40 para botijões de 13 kg. Dos R$ 37,53 do preço final médio em junho, R$ 19,12 são tributos, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), PIS e Cofins. A margem bruta para a revenda foi, em média, de R$ 11,62.
Pelos cálculos do Siregás, os botijões de 13kg chegam a 98% dos lares brasileiros, e seu custo ainda é menor do que do gás natural encanado. No Estado de São Paulo, o gás encanado chega, segundo a Comgás, concessionária responsável pela distribuição, a cerca de 900 mil domicílios de aproximadamente 13,7 milhões de lares.
A Comgás informa que um cliente que consome 7m³ de gás por mês — metade de um botijão de 13kg — pagam conta de R$ 20,77, já incluídas as taxas fixas. Considerando o mesmo volume de gás consumido, o usuário do botijão doméstico gasta, em média, R$ 18,75, valor 10,7% maior.
Veículo: Jornal da Tarde - SP