Apesar do recuo de 2,68% no preço da cesta básica de São Paulo em setembro, na comparação com agosto, o valor fechado para o conjunto de produtos comprados na cidade no nono mês do ano foi o mais caro entre 16 capitais.
Isso porque os paulistanos pagaram R$ 234,68 para comprar os produtos essenciais em setembro, enquanto os moradores da cidade de Porto Alegre desembolsaram R$ 232,16, com a segunda cesta mais cara. No acumulado do ano, os moradores da cidade de São Paulo já pagam 9,34% a mais pela cesta. Em 12 meses, a alta é de 20,76%.
Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Comprometimento da renda
O custo médio da cesta básica tomou 61,47% do salário mínimo líquido do trabalhador, já deduzida a quantia recolhida à Previdência Social.
De acordo com o Dieese, o paulistano remunerado pelo salário mínimo teve de cumprir uma jornada de 124 horas e 25 minutos para adquirir todos os produtos essenciais.
Quedas
Dentre os 13 itens pesquisados em São Paulo, oito apresentaram redução em setembro, na comparação com o mês anterior, sendo os destaques: batata (-15,79%), tomate (-15,45%) e óleo de soja (-4%).
Muito próxima à variação negativa da cesta, está a da farinha de trigo (-2,51%) e a do feijão carioquinha (-2,48%). Pequenas variações negativas ocorreram com a manteiga (-1,69%) e o pão francês (-0,32%).
Apenas três produtos não variaram no período, o leite in natura tipo C, arroz agulhinha tipo 2 e a banana nanica. Já o açúcar refinado e o café em pó apresentaram alta, de 0,86% e 0,13%, respectivamente.
Veículo: InfoMoney