Produção de plástico no Rio cresce pouco

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Maior produtor de petróleo do país não consegue destaque no segmento de transformação

 

Maior produtor de petróleo do país, o Rio de Janeiro não tem competitividade na indústria de transformação plástica. É o que mostra um estudo encomendado pelo Sindicato da Indústria de Material Plástico do Rio de Janeiro (Simperj), revelando que o setor cresce pouco no Estado. Apesar de apresentar aumento anual de 10,9% na produção entre 2003 e 2008, último dado disponível quando a consultoria MaxiQuim fez o estudo em 2009, o Rio não ganhou posição relativa na indústria termoplástica.

 

Em 2008 foram processadas 222 mil toneladas de resinas termoplásticas no Rio de Janeiro. A liderança é de São Paulo - que transformou 2,060 milhões de toneladas de resinas termoplásticas em 2008. Outros grandes consumidores são Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Bahia.

 

O consumo de resinas no Rio deixa o Estado na sétima posição no ranking brasileiro, mesma posição de 2003. Mesmo assim, o estado apresentou o segundo maior crescimento anual, com uma média de 10,9% , atrás apenas de Santa Catarina, que cresceu 15,3% ao ano. Nesse período, o consumo de Santa Catarina saltou de 527 mil toneladas para 1,075 milhão de toneladas ano. Já o de São Paulo cresceu apenas 3,1% ao ano.

 

João Luiz Zuñeda, sócio-diretor da consultoria MaxiQuim, salienta que o número de empresas de transformação plástica no Rio aumentou de 238 para 325. Elas também empregaram mais trabalhadores e também viram aumentar o valor da produção. Contudo, são empresas de pequeno porte, intensivas em emprego mas não intensivas no consumo de matérias-primas, apesar do Estado abrigar a Riopol, segundo produtor de polietilenos no Brasil.

 

O estudo da MaxiQuim mostrou que os setores mais competitivos no segmento plástico do Rio são o de higiene pessoal (que inclui embalagens para xampu), cosméticos e perfumaria, seguido pelo industrial e bebidas. Porém, esses setores não são intensivos na utilização de resinas como os de construção e embalagens, que impulsionam Santa Catarina, por exemplo, onde funciona a sede de fabricantes de tubos e conexões como a Tigre e a Amanco, enquanto o Rio Grande do Sul se tornou exportador com as carrocerias fabricadas pela Marcopolo.

 

Outro Estado com crescimento no setor de resinas maior que o Rio, a Bahia se beneficiou do boom de consumo da população do Nordeste, que atraiu empresas de alimentos e, atrás delas, a indústria de plástico para embalagens. José da Rocha Pinto, presidente do Simperj, acha que é hora da indústria receber incentivos. "O polo do Rio não decolou, enquanto outros Estados criaram uma política de incentivos. Quem sabe agora com o Comperj e o pré-sal isso mude, já que vamos ter matéria-prima competitiva para a indústria do plástico", diz Pinto, que gostaria de ver a alíquota do ICMS baixar de 17% para 12% para aumentar a competitividade.
 

 

Veículo: Valor Econômico


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