Aquisição da fabricante de fraldas foi fechada por R$ 350 milhões; empresa aumenta sua participação no mercado de higiene e beleza
A Hypermarcas, conglomerado com atuação nos setores de alimentos, medicamentos e produtos de higiene e limpeza, anunciou na última sexta-feira a aquisição de 100% da Mabesa, fabricante de fraldas descartáveis e absorventes. O valor do negócio ficou em cerca de R$ 350 milhões. Com a compra - diz a companhia em seu comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) -, a Hypermarcas tornou-se a líder em fraldas.
"O negócio vem ao encontro dos objetivos estratégicos da companhia de aquisições de marcas e ativos no setor de beleza e higiene pessoal, reforçando seu portfólio no mercado de descartáveis", diz o comunicado.
Dona das marcas Cremer-Disney, Plim Plim, Puppet e Affective, a Mabesa registrou uma receita líquida de R$264 milhões no ano passado e um lucro bruto de R$ 102 milhões. A empresa tem uma fábrica em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo.
Pagamento. Do total do negócio, 5% serão pagos em dinheiro até quarta-feira. O restante será pago depois da efetivação da aquisição e transferência das ações da Mabesa para a Hypermarcas. O fechamento da aquisição está condicionado à conclusão de uma auditoria contábil, jurídica e tributária na Mabesa, assim como uma reorganização societária e a negociação de contratos definitivos.
Essa é a quarta aquisição da Hypermarcas no mercado de fraldas. A primeira foi a fabricante Pom-Pom, em outubro de 2009, por R$ 300 milhões. Em março deste ano, foi a vez da Sapeka, com sede em Aparecida de Goiânia (GO), e da York, que também fabrica e distribui hastes flexíveis, curativos, absorventes e algodões.
Em nove anos de trajetória, a Hypermarcas acumula mais de 30 aquisições, cinco delas desde o início do ano. Parte desses negócios foi realizado com dinheiro captado na Bolsa de Valores. No início da semana, a empresa anunciou uma nova medida de capitalização, com uma emissão de debêntures que alcançou o valor de R$ 651 milhões. Fundos de investimento subscreveram a maior parte dos títulos.
Veículo: O Estado de S.Paulo