Marfrig compra fábrica argentina de congelados da Arcor

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A Marfrig, por meio da subsidiária argentina Quickfood, reforçará sua atuação na área de produtos congelados no país vizinho. O frigorífico brasileiro adquiriu uma fábrica de legumes e vegetais congelados da Arcor por US$ 3,4 milhões e assumiu ontem as operações.

 

A fábrica comprada pela Marfrig pode processar oito mil toneladas de alimentos por ano e emprega cerca de 100 trabalhadores em Arroyo Seco, na Província de Santa Fé, a noroeste de Buenos Aires. O negócio envolveu um pagamento à vista, já feito, de US$ 715 mil - o restante será financiado em três anos.

 

A Quickfood já comercializava, com marca própria, verduras e legumes congelados pela Arcor, empresa mais conhecida pela produção de balas e guloseimas. A planta em Arroyo Seco processa vegetais como brócolis, ervilha, vagem, batata e espinafre, entre outros.

 

Conforme explicou ao Valor o diretor de assuntos públicos e relações com o mercado da Quickfood, Miguel Gorelik, a aquisição permitirá reforçar a presença desses produtos não só no mercado interno, mas aproveitar os canais de comercialização abertos pelas exportações de carne. Por isso, a ideia é vender legumes congelados a países da região, como Chile e Uruguai, incluindo também o Brasil, e a mercados mais distantes. "Se você pensar em carne e vegetais, pode parecer um negócio estranho. Mas estamos falando, na realidade, de alimentos congelados", comentou o executivo.

 

A Marfrig chegou à Argentina em 2007 com a compra da Quickfood, uma das marcas mais tradicionais do país. Desde então, aumentou sua participação acionária na companhia dos 70,51% iniciais aos 81,48% de hoje. A família Baumele, que vendeu a empresa, continua participando da gestão. A Quickfood fatura cerca de US$ 600 milhões por ano e detém a marca de hambúrgueres Paty, que possui 65% do mercado local e vende 1,6 milhão de unidades/dia.

 

Por ter a maior parte de sua produção destinada ao mercado interno, a Marfrig não teve suas operações na Argentina significativamente afetadas pela atual crise da carne. A JBS, que controla a Swift, revelou no domingo a intenção de vender três de suas oito plantas no país. O governo argentino poderá oferecer financiamento público para adquirir as instalações da JBS, mas a dificuldade enfrentada pela maioria dos frigoríficos complica um desfecho positivo.
 


Veículo: Valor Econômico


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