Pão de Açúcar amplia variedade de brinquedos e produtos de decoração para a data
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) afirma que a demanda aquecida de vendas vai se manter até o Natal. No primeiro semestre o setor supermercadista cresceu duas vezes mais do que no mesmo período de 2009. “O aumento de 6,5% no volume reflete a entrada de novos consumidores no mercado”, afirma Sussumu Honda, presidente da entidade, para quem o crédito farto, a recuperação dos prazos de pagamento e o aumento da massa salarial ajudam a impulsionar as vendas.
Até agora, a entidade trabalhava com previsão de aumento de faturamento de 8% a 9% neste ano. “Devemos revisar o número por conta da redução dos preços dos produtos, que vai comprometer o faturamento”, afirma. Até julho, as empresas tiveram aumento de 5,5% no faturamento, valor um pouco menor do que o registrado em 2009, conta Sussumu. Porém, o indicador Abras Mercados, que mede o preço de 35 itens de grande consumo, incluindo commodities, carnes e bebidas alcoólicas,mostrou deflação de 1,5% e 1,2%, respectivamente, em julho e junho.
Importações
Sussumu afirma que o real forte vai favorecer a entrada de mercadorias nos supermercados. “Produtos importados da linha seca começam a chegarneste mês no país”, afirma. “Apesar da fila de exportação, as empresas não estão tendo problemas com a entrada de produtos no país.”
No grupo Pão de Açúcar, asencomendas para o Natal foram feitas há treze meses e começam a chegar agora. Como em dezembro do ano passado alguns produtos acabaram antes do esperado, a varejista ampliou a variedade de itens, principalmente nos setores de decoração e brinquedos. No Natal de 2009, a companhia encomendou uma boneca fabricada na China com exclusividade. Devido à boa aceitação do produto, este ano a empresa também venderá um modelo de carrinho chinês, outro produto exclusivo. Foram compradas 500 mil peças de cada um. A companhia espera alta de 30% na venda de importados para a data na comparação com o Natal do ano passado. Na área de alimentos, produtos como bacalhau, vinhos e frutas secas devem ser os mais vendidos. Nesta categoria, a expectativa é de vendas até 20% maiores. “Com os importados temos condição de melhorar a margem em algumas categorias”, afirma Sandro Benelli, diretor de importações e exportações do grupo.
Para as lojas de vestuário, a expectativa também é positiva. Sylvio Mandel, presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), afirma que em 2009 as empresas ligadas à entidade tiveram alta de até 13%nas vendas. “Acreditamos que este número pode ser maior neste ano”, diz.
Veículo: Brasil Econômico