O laboratório nacional Mantecorp amplia a aposta no mercado de analgésicos - que movimentou, nos 12 meses até julho, R$ 1,5 bilhão no país. A farmacêutica lançou o Pratium, medicamento à base de paracetamol, substância responsável por um terço das prescrições para tratamento de sintomas como febres e dores.

 

Nesse segmento a empresa já atua com o Alivium, antitérmico e analgésico, isento de prescrição e que apresenta indicações similares, mas com princípios ativos diferentes: ibuprofeno e paracetamol, respectivamente. Com o lançamento, a companhia quer consolidar a liderança no segmento, uma vez que essa unidade de negócios é responsável por 53% de vendas anuais.

 

"Esse novo medicamento [desenvolvido nos últimos dois anos e meio] complementa o nosso portfólio. Ele tem uma concentração exclusiva, sem açúcar e corante, o que quer dizer que pode ser consumido por diabéticos e é menos cariogênico [reduz o risco de cáries]", afirmou Luciano Andrade, diretor de marketing do laboratório. A distribuição do Pratium começou a ser feita desde o mês passado em todo país.

 

O mercado de analgésico está entre os três maiores do país e por cerca de 40 anos foi dominado por dois grandes "blockbusters" (campeões de venda): Novalgina (Sanofi-Aventis) e Tylenol (Johnson&Johnson).

 

Nos últimos três anos, o Mantecorp lançou 14 marcas (com cerca de 50 apresentações) e nos próximos 24 meses deverá lançar 15 produtos, entre medicamentos e dermocosméticos), segundo Andrade.

 

Nas últimas semanas, fontes de mercado davam como certa que a Mantecorp estaria negociando a venda de parte de seu negócio ou mesmo seu controle. O grupo Aché, também nacional, foi apontado como possível comprador. Em relação à essa operação, Andrade informou que a empresa não tem declaração a fazer e nega a venda do controle da companhia.

 

Com faturamento de R$ 700 milhões em 2009, o laboratório tem em seu portfólio marcas tradicionais, como o antigripal Coristina. Com fábrica em Jacarepaguá (RJ), o Mantecorp tem um braço de medicamentos genéricos, a Brainfarma.

 

Veículo: Valor Econômico