Concessionária EcoRodovias prepara entrada em novas áreas

Leia em 3min 30s

Horizonte. Empresa, que administra cinco rodovias nas Regiões Sul e Sudeste,vai oferecer serviços de logística, com a construção de terminais de carga em locais estratégicos; também pretende participar de futuras licitações para portos e aeroportos

 

O grupo EcoRodovias, que administra cinco estradas nas regiões Sul e Sudeste do País, decidiu ir além do asfalto para expandir os negócios. Até 2014, um dos principais focos da empresa é a oferta de serviços logísticos, com a construção de terminais de carga em áreas estratégicas, próximas de portos e de grandes centros de consumo. A empresa também quer estrear nos setores portuários e aeroportuários, em futuras licitações.

 

No meio do caminho, se houver alguma concessão de rodovias, ela também promete avaliar as oportunidades. Até 2013, serão investidos R$ 3 bilhões em novos empreendimentos e nas concessões antigas. "Nosso objetivo é criar a maior empresa de logística integrada do País", frisa o diretor-presidente e de Desenvolvimento de Negócios, Marcelino Rafart de Seras.

 

Ele destaca que, além das concessões rodoviárias, a empresa já opera dois centros logísticos (chamados de Ecopátios). Um em Cubatão (SP), voltado para importação e exportação, e outro na Rodovia Imigrantes, voltado para distribuição de cargas. Há cerca de um mês, uma nova área foi arrendada em Campinas (SP) para a construção do terceiro terminal, que terá 1,8 milhão de m². As obras devem ser iniciadas dentro de oito meses.

 

Outros quatro terminais serão levantados nos próximos anos. As regiões já foram selecionadas: Vale do Paraíba (SP), Curitiba (PR), Rio Grande (RS) e Foz do Iguaçu (PR) - nesta última para aproveitar as oportunidades da Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai). "Só estamos avaliando as melhores localizações para iniciar as obras", diz Seras. Ele afirma que cada terminal custa, em média, R$ 150 milhões e demora um ano e meio para ser concluído.

 

Seras explica que esse tipo de serviço feito dentro dos terminais de carga é comum no resto do mundo. No Brasil, a operação está apenas engatinhando. Segundo ele, um dos principais benefícios desses empreendimentos é organizar, por exemplo, o fluxo de cargas nos portos. Os terminais têm um pátio regulador, que controla a saída de veículos rumo ao porto. Assim, a mercadoria chega ao local no momento do embarque, evitando as enormes filas.

 

Navios maiores. O executivo destaca que, de acordo com o plano de expansão do Porto de Santos, o movimentação de cargas deve saltar de 84 milhões para 180 milhões de toneladas em 2024. Outro ponto importante refere-se à dragagem de aprofundamento do canal de acesso do Porto de Santos, que permitirá a entrada de navios de grande porte (chamados pós-Panamax).

 

Essas embarcações exigem maior agilidade no embarque e desembarque das mercadorias, para ficar o menor tempo possível atracado no porto. Um dia a mais parado significa prejuízos milionários. Todos esses fatores incentivaram a EcoRodovias a apostar no setor logístico. "Como operadores rodoviários, temos muitos dados que nos levam a crer que, se os gargalos não forem superados, as operações portuárias vão representar grande deficiência para o País."

 

Além dos projetos de terminais, que devem atender parte da demanda portuária, a empresa também comprou no primeiro semestre a Armazéns Gerais Columbia e EADI Sul - empresa de armazenagem -, que tem unidades nas regiões Sul e Sudeste. Com a aquisição, a EcoRodovias deu um importante passo para se consolidar no setor.

 

A empresa também tem planos dentro dos portos. Uma das apostas são os contratos de arrendamento de terminais que estão vencendo nos próximos anos, em especial em Santos e Paranaguá. A EcoRodovias planeja disputar as áreas que forem colocadas em leilão. Outro segmento que chama a atenção da companhia é o transporte de carga aérea. Se houver licitação, a empresa também vai estudar as oportunidades. Dinheiro não vai faltar. A empresa captou R$ 874 milhões no primeiro semestre.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


Veja também

Filhote da EMS investe em pesquisa e novos produtos

Emancipada no ano passado por sua controladora - a EMS, maior grupo farmacêutico nacional, do empresário Ca...

Veja mais
JBS vai incorporar Vigor para simplificação societária

Entre outros benefícios, incorporação permite redução de custos operacionais   ...

Veja mais
Camex zera tarifa de algodão importado

Conselho decide suspender até maio o Imposto de Importação em cotas de até 250 mil toneladas...

Veja mais
Construção e varejo direcionam investimentos para a região nordeste

O aumento do emprego reflete os projetos em execução de shopping centers e empreendimentos imobiliá...

Veja mais
Grandes redes vão a fornecedor propor um novo modelo

Varejo: Pão de Açúcar, Carrefour e, agora, Walmart trocam verba de marketing e logística por...

Veja mais
Varejo disputa R$ 9 bilhões dos aposentados

A competição entre as redes varejistas vai aumentar este semestre, com a expectativa do varejo de receber ...

Veja mais
Produção de algodão já preocupa setor têxtil

Dados da Conab indicam que o déficit interno de algodão deverá ser de 200 mil toneladas. Para conte...

Veja mais
Lojas se preparam para o Natal

Encomendas em Minas Gerais deverão registrar uma expansão de 20% neste ano.    O setor superme...

Veja mais
Stival, do PR, espera dobrar faturamento em três anos

  A Stival Alimentos, empresa familiar com sede em Campo Largo (PR), quer dobrar o faturamento anual de R$ 80 milh...

Veja mais