Filhote da EMS investe em pesquisa e novos produtos

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Emancipada no ano passado por sua controladora - a EMS, maior grupo farmacêutico nacional, do empresário Carlos Eduardo Sanchez -, a Germed Pharma está mostrando que o voo solo lhe está fazendo bem. Criada em 2004 como uma linha de produtos da empresa mãe, a Germed faturou R$ 193 milhões em 2009. E já é o terceiro maior laboratório nacional em vendas de medicamentos genéricos, atrás apenas da Medley e da própria EMS, e 25.º colocado no ranking do mercado farmacêutico brasileiro, de acordo com a consultoria IMS Health.

 

A expectativa é faturar R$ 400 milhões neste ano, embalada por lançamentos de novos medicamentos como a atovarstatina, genérico do Lípitor, da multinacional Pfizer, remédio de combate ao colesterol mais vendido do mundo, que chega ao mercado em outubro. Nesse caso, a Germed concorrerá diretamente com a EMS, primeira empresa a produzir a versão genérica. "Embora estejamos sob o mesmo guarda-chuva, somos independentes e competimos entre nós", afirma José Cosme dos Santos, presidente da Germed.

 

Entre os já lançados, um bom exemplo de como os produtos da Germed estão movimentando o mercado farmacêutico é o Lipiblock, medicamento de combate à obesidade, que compete com o Xenical, do Aché. Lançado em abril de 2009, o Lipiblock passou a ser vendido 35% mais barato do que o concorrente, a R$ 109 a caixa de 42 comprimidos, contra R$ 147 da rival. "Em pouco tempo, ampliamos o mercado total do medicamento de 22 mil caixas para 40 mil caixas por mês", diz dos Santos. Ameaçada, o Aché foi obrigado a reduzir o preço do Xenical e hoje a diferença de preço em relação ao Lipiblock não passa de 5%.

 

Outro nicho cobiçado em que a Germed obteve licença para atuar foi o de remédios contra a impotência masculina. Desde junho, o laboratório comercializa o citrato de sildenafila, princípio ativo do Viagra, da Pfizer. De lá para cá, com a entrada de novos concorrentes - a própria EMS, Eurofarma, Legrand, além da Germed - o preço do Viagra foi reduzido à metade. O original da Pfizer caiu de um preço médio de R$ 35 por cápsula para R$ 17, enquanto os genéricos são vendidos ao redor de R$ 10. "Para o consumidor, o importante é que medicamentos de qualidade se tornaram bem mais acessíveis", diz dos Santos.

 

A estratégia elaborada por dos Santos, executivo carioca que fez carreira na indústria farmacêutica e ocupou a vice-presidência da EMS de 2006 a 2008, é baseada no rápido crescimento da oferta de produtos. Hoje, o portfólio da Germed inclui mais de 140 medicamentos, vendidos em 250 apresentações. "Lançamos pelo menos dois novos produtos por mês", diz dos Santos. Para manter esse ritmo, a Germed está investindo 6% de seu faturamento (algo como R$ 24 milhões) na área de pesquisa e desenvolvimento, um índice elevado para os padrões das empresas brasileiras em geral. "Alcançamos uma expertise que nos habilita a fabricar qualquer medicamento do mercado", afirma dos Santos.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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