Consumo puxa produção da Yoki Alimentos

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Unidade em Pouso Alegre, no Sul de Minas, está operando no limite da capacidade instalada. 

 

O aumento de consumo no setor alimentício no mercado interno está impulsionando os negócios da Yoki Alimentos, com planta em Pouso Alegre, na região Sul de Minas. Com dois anos de atividades a planta mineira é uma das mais importantes do grupo, respondendo por 20% dos negócios. A unidade é destinada à fabricação de produtos alimentícios na linha de caldos, sopas, temperos, sal temperado, refrescos, embalagens de grãos e pós para sobremesas.

 

Além de Minas Gerais, as nove fábricas da Yoki no Brasil estão localizadas em em Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. Conforme o vice-presidente da Yoki, Gabriel Cherubini, a sede em Pouso Alegre é a mais moderna do grupo.

 

Apesar de não revelar valores, ele disse que ao longo de 2010 foram feitos vários aportes na unidade de Minas voltados principalmente para a ampliação da capacidade produtiva, que dobrou no primeiro semestre, alcançando, atualmente, algo em torno de 40 toneladas por dia.

 

A empresa está operando no limite da capacidade instalada. Conforme Cherubini, não foi necessário ampliar o quadro de funcionários no Estado. A indústria gera 600 empregos diretos em Minas e em todo o Brasil soma 4 mil -trabalhadores.

 

Positivo - Segundo o executivo, a Yoki destina aproximadamente 5% da produção para o mercado externo, sobretudo para países da Europa, América do Sul e América do Norte. De acordo com ele, há interesse em ampliar as vendas para outros países, no entanto o câmbio tem desestimulado esse tipo de negócio.

 

"O real valorizado perante ao dólar limita esse tipo de comercialização. Mesmo assim temos interesse em ampliar nossa presença nos países com os quais já temos mercado como Canadá, Espanha, Itália, Portugal, México, entre outros", afirmou.

 

Para o atual exercício, as expectativas de Cherubini seguem positivas. "O aumento do poder de compra da população gera boas expectativas para nossa linha de produtos com maior valor agregado como caldos, sopas e refrescos", disse.

 

A Yoki registrou faturamento de R$ 950 milhões em 2009, o que representa incremento de 18% em relação aos resultados apurados no exercício anterior. Para 2010 Cherubini aposta em alta de aproximadamente 15%.

 

"Estamos muito otimistas em relação aos negócios e a expansão da economia brasileira que beneficia toda a cadeia de consumo. Estamos prontos e dispostos a acompanhar esse processo, que não possui indicativos de interrupção", analisou.

 

Apesar da recente diversificação do cardápio, os carros-chefes da Yoki estão em linhas voltadas à classe C: o maior item em volume de vendas é a pipoca de micro-ondas. No portfólio da companhia ainda figuram itens tradicionais como fubá, polvilho azedo, amendoim, sagu e paçoca e outros associados ao público de baixa renda, como refrescos em pó.

 

O vice-presidente da companhia disse que os mercados que concentram o "consumidor emergente" puxam o crescimento da empresa. Nos rincões do país, diz ele, o que importa é tratar bem o comerciante, por isso a companhia mantém uma força de vendas de 1,5 mil pessoas, entre gerentes, promotores e revendedores. "Vamos crescer 15% em 2010, na média do país. No Nordeste, a expansão será de 20%", projetou.

 

O mix de produtos da empresa totaliza aproximadamente 620 itens, de ingredientes a conveniências, como semiprontos, condimentos naturais e industrializados.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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