Fundação Procon-SP constata diferença de quase seis vezes nos preços de acordo com o estabelecimento.
O preço de um remédio genérico pode variar até 524% em farmácias da capital paulista, segundo pesquisa divulgada ontem pela Fundação Procon-SP. O levantamento comparou também o valor de genéricos com medicamentos de referência de mesmo princípio ativo. Em média, os genéricos custam 52,84% menos.
Os técnicos do órgão pesquisaram o preço de 52 itens em 15 farmácias de São Paulo entre 1º e 3 de setembro. Eles constataram que alguns genéricos, de mesma marca, podem custar quase seis vezes mais dependendo do estabelecimento nos quais são vendidos. É o caso da caixa de 20 comprimidos de 50 miligramas (mg) do genérico Diclofenaco Sódico que em uma farmácia na região sul da cidade custa R$ 1,89 e, na norte,R$ 11,79. A Dipirona Sódica (500 mg) custa entre R$ 0,95 e R$ 3,97 (diferença de 318%). Já os 20 comprimidos de 100 mg de Aminofilina custam entre R$ 0,99 e R$ 3,48 (251,5%); e as 21 cápsulas de 500 mg de Amoxicilina, entre R$ 8,40 e R$ 25,17 (199,6%).
Entre os medicamentos de referência, a maior diferença de preço verificada pelo levantamento doProcon-SP foi de 100%. A caixa de 30 comprimidos de 40 mg do Propranolol Ayrest foi encontrada a R$ 3,52 e também a R$ 7,04.
Com base na pesquisa, o Procon-SP orientou os consumidores a pesquisar os preços em várias farmácias antes de comprar remédios. Sobre os medicamentos de referência, o órgão sugeriu que todos consultem a lista de preços máximos de medicamentos elaborada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela está disponível no site da agência ( http://portal.anvisa.gov.br) ou nas próprias farmácias.
Veículo: Diário do Comércio - SP