Varejo amplia número de vagas

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Volume de recrutamento para atender às demandas de final de ano deve ser 10% maior. 


 
Um mês antes do previsto, o varejo mineiro já deu início às contratações de funcionários temporários. De acordo com estimativas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), o número de empregados recrutados para atender às demandas de final de ano deve ser cerca 10% maior que no ano anterior em virtude do reaquecimento do mercado interno.

 

Por causa do significativo aumento pela procura de trabalhadores, o processo de seleção pelas empresas já está sendo realizado. O setor varejista da Capital pode atingir a marca de 8,5 mil postos de trabalho apenas no último trimestre, sendo que cerca de 50% das vagas temporárias devem ser preenchidas ainda neste mês, conforme a CDL-BH.

 

O setor supermercadista, que tem na falta de mão de obra seu principal gargalo, foi o primeiro a dar início às contratações. Além de evitar a concorrência com outros segmentos, garantindo o preenchimento do total de vagas mais cedo, o objetivo é promover a capacitação dos novos funcionários, que geralmente não possuem treinamento especializado na área de atuação.

 

Segundo a Associação Mineira de Supermercados (Amis-MG), a previsão é de criação de 6,6 mil postos de trabalho no Estado até dezembro, número 5% maior do que o registrado nos três últimos meses do ano passado. O segmento é responsável por 132 mil empregos em Minas.

 

De acordo com o diretor Financeiro da rede de supermercados Rena, Roney Aeraphe, o processo seletivo da empresa, com sede em Itaúna, na região Centro-Oeste do Estado, teve de ser alterado para que fosse possível o preenchimento de todas as vagas abertas.

 

Na avaliação de Aeraphe, o setor supermercadista é o segmento do varejo que mais encontra dificuldades para a realização de novas contratações. "O crescimento das ofertas por emprego, por si só, já gerou mais dificuldades. Além disso, como os supermercados funcionam aos domingos e feriados, os funcionários optam por trabalhar em outras áreas, apesar de oferecermos a folga devida durante a semana, como prevê a lei", observou.

 

"Outro dificultador é o fato de os empregados serem muito visados, em razão de lidarem diretamente com o consumidor. Um empresário de outro setor, por exemplo, ao fazer compras, percebe que determinado funcionário se destaca e apresenta uma proposta melhor de emprego, e assim temos que repor o quadro de funcionários constantemente", esclareceu o diretor Financeiro.

 

A rede de supermercados Coelho Diniz, em Governador Valadares, na Região do Rio Doce, também optou por privilegiar a efetivação dos temporários. "O empregado que se destacar, com certeza vai ser contratado em caráter definitivo. Também procuramos incrementar as metas de crescimento e desenvolver novas estratégias de venda para absorver o contingente recrutado no final do ano, efetivamos cerca de 70% desse pessoal todos os anos e, neste ano, o número pode ser ainda maior", afirmou o proprietário, Ercílio Diniz.

 

"Outra estratégia é conceder férias a um número maior de funcionários em janeiro para reaproveitar a mão de obra temporária, já que em dezembro nenhum empregado pode ser liberado", disse. A empresa já iniciou o processo seletivo e os novos funcionários deverão ser convocados na segunda quinzena de novembro.

 

 
Com a economia aquecida, o comércio varejista ampliou neste ano o número de oportunidades para trabalhadores temporários

 

O setor varejista de bens não-duráveis também já está se preparando para recrutar temporários. Para agilizar o processo de seleção, a rede de artigos femininos K-9, que possui sete lojas na Capital, desenvolveu um sistema de recrutamento on-line. "Os candidatos cadastram seus currículos, que passam por uma triagem feita pelos coordenadores da empresa. Após esta etapa, há a entrevista presencial", explicou a supervisora, Fernanda Fraga.

 

A rede de livraria e papelaria Leitura também já está incrementando o quadro de funcionários temporários. Neste ano, o número de contratações deve ficar em cerca de 40% do contingente total. "No nosso caso, os contratos não vencem no final do ano, mas apenas em fevereiro, já que no período final das férias há muita demanda pelos produtos relativos ao material escolar", observou o gerente-geral, Luciano Teles.

 

De acordo com o Sindicato das Empresas de Prestação de Serviço a Terceiros, Colocação e Administração de Mão de Obra, Recursos Humanos e Trabalho Temporário no Estado de Minas Gerais (Sinserht-MG), em todo o Estado, mais de 15 mil contratações por tempo determinado devem ser intermediadas no último trimestre por empresas terceirizadas. O número é 15% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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