Os crescentes efeitos negativos da crise global em empresas catarinenses ocorrem, principalmente, na falta de crédito para exportações e operações no mercado interno, pressão inflacionária devido ao dólar alto e sinalização clara de recuo de vendas futuras. As ações do Banco Central ainda não estão resolvendo o problema, e ontem, o BC liberou mais R$ 23 bilhões de compulsório com o mesmo objetivo.
O presidente do Sindicato das Indústrias do Material Plástico de SC, Albano Schmidt, afirma que o crédito desapareceu para operações básicas de financiamento de compra e venda de mercadorias, denominadas, no mercado, compor e vendor. Além disso, persiste a falta de Adiantamento de Contratos de Câmbio (ACC) para financiar exportações.
Outro problema do setor plástico é a pressão por aumentos de matérias-primas porque os preços das resinas usadas pelo setor são cotados em dólar. Os pedidos de aumentos chegam a 20% ou mais, e as indústrias estão sendo obrigadas a aceitar. O ponto positivo é que as vendas seguem no mesmo ritmo e não houve cancelamento de pedidos.
O presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Blumenau, Ulrich Kuhn, também informa que há falta de recursos para ACCs e a oferta de crédito para financiar as atividades produtivas está muito restrita e mais cara.
Veículo: Diário Catarinense